O ex-comandante distrital da GNR de Braga, Joselino Ferreira, é um dos três novos brigadeiros-generais da Guarda Nacional Republicana já empossados, em Lisboa, numa cerimónia presidida pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Joselino Ferreira, até aqui com o posto de coronel tirocinado, destacou-se na pandemia mundial da Covid-19, período crítico em que assumiu o Comando Territorial da GNR de Braga, onde era então inicialmente tenente-coronel e segundo-comandante.
A sua presença nas grandes operações de controlo de circulação de pessoas marcou o seu consulado na GNR de Braga, como foi exemplo quando passou a primeira noite da pandemia com os seus militares destacados na Fronteira da Portela do Homem.
Joselino Ferreira sobre os seus miliares, na pandemia, “que obrigou a uma rápida resposta e exigência no planeamento e ação”, afirmou na ocasião “ser da mais elementar justiça reconhecer todo o trabalho desenvolvido neste período ímpar, valorizando a forma profissional, o espírito de sacrifício e o altruísmo demonstrados, muitas vezes em situações de extrema complexidade”.
O agora brigadeiro-general Joselino Ferreira empenhou-se também no desenvolvimento do Plano Operacional de Prevenção e Segurança Rodoviária, por, segundo então ter referido, “tratar-se de um instrumento que define e orienta o esforço a médio e longo prazo no alinhamento das operações com objetivo de contribuir para a redução da sinistralidade e a redução de vítimas”.
A instituição do enquadramento geral de todas as áreas especiais de policiamento existentes no território, “para se compreender as dinâmicas sociais, económicas e criminais”, foi outro desiderato atingido pelo então comandante distrital da GNR de Braga.
Joselino Ferreira, de 50 anos, natural de Lamego, nasceu no dia 17 de janeiro de 1974, sendo licenciado e mestre em Ciências Militares, na Especialidade de Segurança (GNR), pela Academia Militar e mestre em Direito e Segurança pela Faculdade de Direito, da Universidade Nova de Lisboa, entre outros cursos que frequentou na sua carreira na Guarda Nacional Republicana.
O brigadeiro-general foi no início da carreira comandante de pelotão do Curso de Formação de Guardas, instrutor do Grupo Disciplinar de Preparação e Treino Militar na Academia Militar e ainda comandante do Destacamento Territorial de Vila Real.
Joselino Ferreira foi comandante de Companhia de Instrução na Escola da GNR, chefe da Secção de Instrução e Operações do Centro de Formação de Portalegre da Escola da Guarda e ainda adjunto do Oficial de Segurança da Assembleia da República.
Chefe de Gabinete do segundo-comandante-geral da GNR. comandante de Batalhão na Academia Militar, a seguir o segundo comandante e já depois o comandante do Comando Territorial de Braga foram os outros principais cargos de Joselino Ferreira.
Cerimónia no Quartel do Carmo
A cerimónia de promoção ao posto de brigadeiro-general e a entrega de espadas de oficial general, no Quartel do Carmo da GNR, distinguiu os brigadeiros-generais Mário Guedelha, Rui Letras e Seabra Ferreira, até agora coronéis tirocinados da GNR.
Os três novos oficiais generais da GNR empossados, Mário José Machado Guedelha, Rui Jorge Ferreira Lima Letras e Joselino Gouveia Seabra Ferreira, que concluíram recentemente o curso de promoção, são todos oriundos dos quadros internos da GNR.
Na cerimónia, o comandante-geral da GNR, tenente-general Rui Alberto Ribeiro Veloso, que foi o primeiro oficial general da GNR também oriundo dos quadros próprios da GNR a desempenhar o mais alto cargo naquela instituição, entregou as divisas.