A Assembleia Municipal de Vieira do Minho aprovou na terça-feira, por maioria, o orçamento da Câmara para 2020, no valor de 17,9 milhões de euros, disse hoje fonte autárquica.
Segundo a fonte, o orçamento contou com sete abstenções, tendo os restantes deputados municipais votado a favor.
Superior ao de 2019 em 900 mil euros, o orçamento para a próximo ano destina a fatia “mais significativa” (mais de seis milhões de euros) às funções sociais da autarquia, da habitação à recolha e tratamento de resíduos, passando pela ação social, pela educação e pela promoção da cultura e do desporto.
O documento contou com a abstenção do PS, que considera que o orçamento para 2020 é “de continuidade, sem visão e qualquer estratégia definida para o concelho”.
Os socialistas dizem ainda ser um orçamento “despesista”, que preconiza “um aumento substancial da despesa corrente, com pessoal e subsídios”.
“A despesa corrente representa atualmente 60% do valor global do orçamento”, criticam.
A maioria PSD/CDS assume tratar-se de um orçamento de continuidade, “que dá sequência a todo o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos seis anos”, com vista à construção de um concelho que promova a educação, que crie mais emprego e potencie mais investimento.
Sublinha a preocupação de “aproveitar fortemente” a captação de fundos comunitários, no sentido de potenciar os investimentos que o município pretende ver criados no território.
No âmbito do programa POSEUR, relativo à Eficiência Energética, foram submetidas e aprovadas duas candidaturas, uma das quais será implementada nos edifícios municipais (Câmara Municipal, Piscinas Municipais e Auditório Municipal), enquanto a outra incidirá na reabilitação do Bairro Habitacional Nossa da Fé.
O presidente do município, António Cardoso, considera que a execução deste orçamento vai permitir que Vieira do Minho chegue ao final de 2020 “com mais justiça social, mais qualidade de vida e mais rendimentos para os vieirenses, juntas de freguesia e as instituições locais, reduzindo sempre à divida municipal”.
Já a oposição socialista critica “o pouco investimento” previsto para o concelho, apontando que “serão realizadas apenas algumas obras financiadas por fundos comunitários, algumas das quais já constavam do orçamento para 2019”.
“A estratégia do presidente da Câmara é clara e passa por empurrar o volume das obras para o último ano de mandato, ano das eleições. Como sempre, põe os seus interesses eleitoralistas à frente dos interesses do concelho”, diz ainda o PS.