O processo disciplinar ao funcionário da residência Loyd, da Universidade do Minho, por assédio sexual foi arquivado por “falta de prova”, confirmou a academia minhota a O MINHO.
“A Universidade do Minho confirma que foi proferido um despacho reitoral, datado de 28 de fevereiro de 2022, que determinou o arquivamento do processo disciplinar instaurado contra o Trabalhador dos Serviços de Ação Social da UM, por falta de prova relativamente à acusação de assédio e com os fundamentos de facto e de direito constantes do Relatório Final elaborado pela Instrutora do processo disciplinar SASUM nº 2/2021”, refere a UMinho.
A academia sublinha que “o processo foi instruído pelos serviços de Assessoria Jurídica da Universidade, conforme as melhores práticas legais e organizacionais, que implicam ouvir as partes envolvidas e proceder à análise das provas apresentadas”.
E acrescenta: “Neste contexto, não tendo sido produzida prova de âmbito disciplinar, a avaliação foi dada como inconclusiva e determinado o arquivamento do processo”.
Na mesma nota, a reitoria reafirma que “a Universidade do Minho está comprometida com a promoção de um ambiente seguro e de uma cultura organizacional civicamente responsável; que repudia qualquer prática de violência ou assédio; e que apela a que todos os casos dessa natureza sejam reportados à instituição”.
“Com o propósito de ajudar no processo de denúncia de casos de assédio em contexto académico e garantir que todas essas as denúncias são tratadas com o adequado rigor, salvaguardando o anonimato de quem denuncia, continua disponível um endereço eletrónico que aproveitamos para lembrar: [email protected]”, conclui.
Como O MINHO noticiou, uma queixa de uma aluna por assédio sexual contra um porteiro da residência Loyd levou ao afastamento do trabalhador daquele posto de trabalho. Na altura, o reitor especificou que o trabalhador foi transferido para outro serviço. Agora, após esta decisão, ainda não se sabe qual o futuro do trabalhador.
Na altura, o reitor afirmou que em causa estava uma denúncia de uma estudante que reporta a 2020, mas que só em novembro do ano passado chegou ao seu conhecimento.
Nas redes sociais, multiplicaram-se, rapidamente, testemunhos de outras estudantes a dar conta de outras situações idênticas. O caso levou mesmo centenas de estudantes a manifestarem-se contra o assédio sexual na academia.