O Tribunal de Braga agendou para dia 02 de março o começo do julgamento que envolve um gangue de Braga suspeito de ter assaltado o banco Santander, em Braga, e várias vivendas na região do Minho.
O advogado João Ferreira Araújo, de Braga, que defende um dos arguidos, disse a O MINHO que o coletivo de juízes da Vara Mista, marcou já 23 audiências, até maio, mês em que se prevê que possa estar concluído.
As primeiras três sessões destinam-se a ouvir os arguidos, se estes quiserem falar.
Na reunião de hoje com os advogados, de defesa e de acusação, ficou a saber-se que o banco Santander pagou já a 26 lesados do assalto, em junho de 2018, à dependência da Avenida Central em Braga Santander – que ficaram sem o conteúdo dos cofres que haviam alugado – pagando, até 100 mil euros a cada um deles. Ou seja, cerca de dois milhões de euros.
O banco fica assim com a subrogação dos créditos, ou seja, vai exigir em julgamento o montante que os clientes diziam que lhes fora furtado por três dos membros do suposto gangue.
Por exclusão de partes, ficou a saber-se que há 17 clientes que continuam no processo, por não terem aceite que o banco apenas lhes pagasse 100 mil euros, quantia inferior à que tinham no cofre.
Os clientes tinham bens, dinheiro, jóias, ou relógios valiosos, em cofres na dependência da Avenida Central.
Dez arguidos
No fim de junho de 2019, o Ministério Público de Guimarães acusou dez arguidos, um deles agente da PSP de Ponte de Lima, membros de um gangue que fez uma dezena de assaltos a residências em Braga e no Minho e ao banco Santander. Furtando dinheiro e bens que o Ministério Público avalia em 4,7 milhões de euros. Entre os lesados estão, também, o empresário Domingos Névoa, o cantor limiano Delfim Júnior, e o médico e antigo atleta do SC Braga, Romeu Maia.