Tribunal de Braga adiou caso de furtos a clientes bancários por ‘phishing’

Um dos principais arguidos tem já várias condenações
Tribunal de braga adiou caso de furtos a clientes bancários por 'phishing'
Foto: Paulo Jorge Magalhães / O MINHO

O Tribunal de Braga adiou, na quarta-feira, o começo do julgamento de um processo de ‘phishing’ com 18 arguidos que terão furtado, a partir de Braga, 123 mil euros de várias contas bancárias.

O adiamento ficou a dever-se a impedimento de um advogado, ‘vítima’ das regras de confinamento do covid-19.

O grupo foi acusado de ter furtado, entre 2013 e 2014, e a partir de Braga, 123 mil euros de dezenas de contas bancárias.

As alegadas fraudes, vitimaram, maioritariamente, clientes do Montepio Geral, mas também do antigo Banif- Banco Internacional do Funchal.

Mas o MP arquivou uma parte do inquérito, referente a 17 outros suspeitos, três, por falta de provas, e 14 por serem cidadãos brasileiros, residentes no Brasil, cuja identidade não foi possível apurar.

De início, a investigação da PJ/Braga calculava que a fraude teria atingido, pelo menos, 300 mil euros.

Cabecilhas com vários crimes

A acusação diz que o ‘esquema’ foi congeminado por três arguidos, Nuno Silva, Alexandrino Dias e Luís Correia, todos de Braga, os quais angariaram os outros 15, para que estes disponibilizassem contas bancárias para o dinheiro circular, as chamadas ‘contas mulas’.

Os dois primeiros têm já, cada um, várias condenações a penas suspensas, por crimes diversos, um deles, a participação no chamado caso do OLX, isto é, de furto de carros atraindo os vendedores para os burlar.

O trio está acusado dos crimes de associação criminosa, falsidade informática, burla informática qualificada e branqueamento. Os restantes 15, as ‘mulas’, foram acusados de associação criminosa e branqueamento.

Os três principais arguidos são defendidos pelos advogados João Ferreira Araújo, Licínio Ramalho e Abel Guimarães, este com escritório no Porto.

Cadastro

O arguido Nuno Silva, de alcunha “O Vidrinhos”, foi já condenado por crimes de burla e falsificação.

O mesmo sucedeu no ‘processo OLX’, para compra fraudulenta de carros na internet com falsos depósitos de cheques, onde foi sentenciado por vários crimes de burla e falsificação, a cinco anos e seis meses de prisão efetiva, mas a Relação de Guimarães reduziu a pena para cinco anos, suspendendo-a.

Tem, ainda, em curso um julgamento, suspenso por causa de um recurso, em que está acusado de dezenas de falsificações e burlas, por fazer extinções de reserva de propriedade de viaturas, lesando várias empresas financeiras.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Cdu 'dá tudo' em guimarães para voltar a eleger deputados no distrito

CDU 'dá tudo' em Guimarães para voltar a eleger deputados no distrito

Próximo Artigo
Leroy merlin abre nova loja de construção em viana (e cria 14 postos de trabalho)

Leroy Merlin abre nova loja de construção em Viana (e cria 14 postos de trabalho)

Artigos Relacionados