Empresários da ‘Chinatown’ de Vila do Conde acusados de lavar 124 milhões no Casino da Póvoa

Fraude fiscal
Empresários da 'chinatown' de vila do conde acusados de lavar 124 milhões no casino da póvoa
Foto: Lusa

Está a decorrer no Tribunal de Matosinhos o julgamento de um megaprocesso de fraude fiscal e branqueamento de capitais que envolve 12 arguidos e quatro empresas, com ligações à comunidade chinesa instalada em Varziela, Vila do Conde, mais conhecida como a “Chinatown” portuguesa.

Segundo revela a edição deste sábado do Jornal de Notícias, o Ministério Público acusa um grupo de empresários de ter usado o Casino da Póvoa como instrumento para lavar mais de 124 milhões de euros entre 2012 e 2017.

Os arguidos, proprietários de lojas de roupa e calçado na zona comercial de Varziela, terão entregue esse montante em numerário no casino, onde recebiam fichas de jogo que rapidamente convertiam em notas de 500 euros. O objetivo, segundo a acusação, era obter talões oficiais de pagamento e dar aparência legal ao dinheiro obtido através de fraude fiscal.

O esquema, segundo a investigação, consistia na omissão sistemática de receitas reais nas vendas, sobretudo em feiras e lojas em todo o país, canalizando os lucros não declarados para operações de lavagem através do casino.

Varziela, situada no concelho de Vila do Conde, distrito do Porto, é um conhecido entreposto de comércio por grosso, onde, refere a Revista Macau, cerca de dois mil cidadãos chineses mantêm negócios de importação e revenda.

Para além dos armazéns comerciais, o espaço integra escolas de línguas, supermercados e serviços adaptados à comunidade chinesa residente em Portugal.

 
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