O Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a pena de quatro anos e dez meses de prisão efetiva para um homem de 28 anos que violou e agrediu uma estudante, de 21 anos, que conhecera nos bares da Universidade do Minho, em Braga.
Segundo o Jornal de Notícias (JN), que avança a notícia (acesso exclusivo a assinantes), o arguido tinha sido condenado pelos crimes de violação, agressão e sequestro da universitária.
O agressor, de nacionalidade angolana, tinha conhecido a vítima na noite poucos dias antes e, na madrugada de 27 de setembro de 2018, ofereceu-se para a ir buscar à porta de uma discoteca e foram para casa dele.
Ali estiveram a beber e a fumar haxixe até às 15:00 e, quando a rapariga manifestou vontade de ir embora, ele não o permitiu. A jovem gritou por ajuda, mas foi agredida.
Ainda de acordo com o JN, o violador obrigou-a a ter relações sexuais enquanto filmava tudo com o telemóvel e, no final, forçou-a a limpar a sala onde tinha acabado de ser violada.
Libertou-a às 19:00. A vítima para casa de uma amiga a quem contou o sucedido. No próprio dia apresentou queixa na PSP e sujeitou-se a exames, no Hospital de Braga, que comprovaram as agressões.
Em julgamento, o arguido não confessou os factos e alegou que as relações sexuais foram consentidas.
O agressor recorreu, pondo em causa o testemunho da vítima e pedindo a suspensão da pena.
De acordo com o JN, o Tribunal da Relação rejeitou os argumentos, conferindo credibilidade ao depoimento da vítima e alegando que o arguido nada fez “para demonstrar ao tribunal que interiorizou a gravidade e desconformidade da sua conduta”.
Terá de indemnizar a vítima em 10 mil euros.