A companhia de transportes e entregas GLS/Famalicão despediu sem aviso prévio os seus 13 funcionários na passada quinta-feira, deixando-os com salários em atraso. O advogado da AR GO Lda., empresa com sede em Barcelos que detém a GLS Famalicão, adiantou a O MINHO que ainda esta quinta-feira será entregue um PER (Processo Especial de Revitalização) e que é objetivo pagar todos os salários que estão em falta.
Na quinta-feira, os 13 funcionários da GLS/Famalicão, que abrira apenas em fevereiro deste ano, em Vilarinho das Cambas, Famalicão, foram surpreendidos com um “despedimento coletivo”. Conforme revelou a O MINHO uma funcionária, foi-lhes prometido que os salários em atraso – em alguns dois ou até mais – seriam pagos até à passada terça-feira.
Tal não aconteceu, tendo os funcionários sido notificados que a empresa não tinha possibilidade de cumprir os pagamentos.
Os trabalhadores queixam-se que os patrões e os seus representantes legais deixaram de lhes responder.
Questionado por O MINHO, o advogado Paulo Batista esclareceu que os funcionários trabalhavam para a AR GO Lda. e que a GLS “era uma parceira, da qual a AR GO apenas usava a imagem enquanto a parceria durou”.
Os funcionários despedidos na quinta-feira, salienta o jurista, “estavam afetos à parceria que tinha até à data com a GLS, parceria essa que cessou”. “Todos os outros trabalhadores da empresa estão ao serviço, a trabalhar e receberam os seus salários esta semana”, acrescenta.
“É intenção da empresa cumprir com os valores em débito aos funcionários despedidos”
Paulo Batista adianta que a AR Go Lda. “vai contudo ainda durante do dia de hoje apresentar um PER junto Tribunal de Vila Nova de Famalicão”. E garante : “É sua intenção manter-se, revitalizar-se e como tal cumprir com os valores em débito aos funcionários despedidos”.
O advogado acrescenta, ainda, que “na terça feira desta semana foram enviadas via email declarações para o fundo de desemprego, a representante que os trabalhadores elegeram”.
Contactada novamente por O MINHO esta quinta-feira, fonte dos funcionários afirma que a “empresa nega qualquer contacto” e que os trabalhadores foram à sede da mesma pedir explicações. “A gestora da empresa disse que não vai pagar e que é para procurar o Tribunal”, conclui.