O treinador de andebol Paulo Martins é o candidato do Chega à Câmara de Esposende, tendo como objetivo “colocar o concelho no bom rumo”, e promete “ter coragem política” para ouvir o povo, disse hoje à Lusa.
Segundo o candidato, aquela autarquia, presidida por Benjamim Pereira (PSD), “continua no mau caminho e a privilegiar o cimento”.
Paulo Martins tem 44 anos, esteve “toda a vida” ligado à restauração, é treinador de andebol feminino no Juventude do Mar (em S. Bartolomeu do Mar), trabalhando ainda em marketing digital.
“Aqui não há ideias políticas, há um medo político e é contra isto que me candidato”, afirmou.
Para Paulo Martins, “é preciso ter vontade política para ouvir as pessoas e depois haver coragem política para apresentar soluções e executá-las”.
Como exemplo dos problemas de Esposende o candidato do partido liderado por André Ventura aponto a questão do porto de pescas: “Aquilo está mal desde o início e não se faz nada de definitivo. Vão-se pondo uns sacos de areia e as pessoas correm risco de vida ali, já morreu gente e continua-se a não fazer nada”, apontou.
“Se é verdade que a câmara não tem intervenção direta, pode fazer outras coisas. Neste momento é fiel depositária de mais de um milhão de euros de uma indemnização pela fraca qualidade dos últimos sacos de areia colocados para fazer face ao assoreamento na barra e com esse dinheiro alguém tem que fazer alguma coisa com ele”, disse.
Nas eleições autárquicas de 2013, Paulo Martins foi candidato independente nas listas do CDS-PP à Câmara de Esposende.
“Fui na altura pelo CDS, mas não me revejo no CDS de Esposende de agora. Candidato-me pelo Chega porque acredito no projeto e o Chega é muito mais do que André Ventura. Temos muita gente boa que quer fazer algo pela sua terra e eu sou uma dessas pessoas”, explicou.
Nas últimas eleições autárquicas, em 2013, O PSD ganhou a autarquia com 60,45% dos votos, elegendo seis vereadores, o movimento Juntos pela Nossa Terra conquistou 19% dos votos, elegendo um vereador, o PS teve 9,7% dos votos, o CDS-PP 3,7% e o PEC-PEV 3,4%.
Segundo a lei, as autárquicas decorrem entre setembro e outubro, mas as eleições ainda não têm data marcada.