A Filasa, fiação de Guimarães, continua a aposta na sustentabilidade e a mais recente inovação, na nova coleção, é a utilização de ganga reciclada.
A empresa já produz fio com fibras provenientes de fruta, plantas ou desperdícios têxteis, mas o setor da reciclagem está em crescimento.
Em declaração ao Portugal Têxtil, a administradora Fátima Antunes a inovação mais recente permite o “aproveitamentos dos ‘jeans'”.
“São reciclados, e com a fibra proveniente dessa reciclagem, misturamos com fibras virgens orgânicas e transformamos em fio. Não trabalhamos com 100% reciclado devido às características – não conseguimos ter um fio com qualidade a nível de resistência”, explica.
Esta é um tendência em ascensão, com cada vez mais aceitação por parte das marcas. “Basta vermos pelas grandes marcas, como é o caso do Grupo Inditex, da Next, da H&M, que estão francamente virados para tudo o que é sustentável”, considera Fátima Antunes.
Em 2023, a empresa teve uma quebra de 15% no volume de negócios. Uma “baixa de faturação” que, de acordo com a administradora, foi “transversal a todos os outros segmentos da indústria e que se sentiu também no fio, que é logo o ponto de partida”.
A Filasa – Fiação Armando da Silva Antunes S.A., nasceu em 1986. Está sediada na freguesia de Nespereira, Guimarães.
Após a sua fundação, refere no seu ‘site’ oficial, “muito rapidamente se transformou numa importante referência no sector da fiação, quer a nível nacional quer mesmo europeu”.