Revisão do PDM em Guimarães corrige “erro grave” do PS

Ricardo Araújo diz que discussão “vem dar razão ao PSD”
Foto: Ricardo Araújo / Facebook / Arquivo

O candidato social-democrata à autarquia de Guimarães, Ricardo Araújo, sublinhou, hoje, que a proposta da segunda revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) vem corrigir “um erro grave do PS, praticado há 10 anos atrás, que reduziu os terrenos disponíveis para construção em cerca de 20% e aumentou a área verde, criando graves problemas ao concelho”.

“O PDM que foi aprovado há 10 anos atrás pelo Partido Socialista (PS) conduziu o concelho de Guimarães a gravíssimos problemas que hoje estamos a ter e a sentir ao nível das vias de comunicação, da mobilidade, da habitação, do crescimento, do acolhimento e atração de novas empresas. Este mesmo presidente da Câmara do PS que na última revisão do PDM valorizava e destacava, como aspecto positivo, a redução em cerca de 20% da área de construção, vem agora reconhecer este erro grave e apresentar uma revisão para aumentar em cerca de 9% o solo urbano. Saudamos e valorizamos a oferta de mais terrenos disponíveis para habitação e o crescimento industrial, mas não podemos deixar de sublinhar que estamos hoje confrontados com grandes problemas de habitação, com falta de terrenos para construção, temos grandes dificuldades também em ter espaços para a expansão industrial e para a captação de investimento externo, porque não temos zonas de acolhimento industrial no concelho. Portanto, isto é o resultado das políticas erradas e lesivas dos interesses de Guimarães do Partido Socialista, que há 10 anos atrás aprovou um PDM que reduziu em cerca de 20% as áreas de construção”, afirmou o presidente do PSD, Ricardo Araújo, na sessão do executivo municipal.

Referindo-se à proposta relativa à abertura da discussão pública da 2.ª Revisão do PDM e à apresentação do documento feita hoje ao executivo municipal, Ricardo Araújo notou que o trabalho surge “com atraso”, mas felizmente “vem dar razão ao PSD e contempla, finalmente, mais áreas para a habitação, as atividades económicas e industriais”.

“Dissemos e defendemos sempre, antes e agora, que o PDM devia cumprir alguns objetivos estratégicos para Guimarães, para podermos implementar a visão que temos para o nosso concelho. Por um lado, deve aumentar as zonas de construção para habitação de uma forma distribuída por todo o concelho, para darmos resposta às grandes necessidades de oferta de habitação que temos no nosso território. Em segundo lugar, para aumentarmos as zonas de implantação industrial, que permitam a expansão das nossas indústrias, das nossas empresas, para que não precisem de sair de Guimarães para crescer com os seus negócios, como infelizmente temos vindo a assistir ao longo dos últimos anos. E também para termos terreno disponível para podermos atrair novas empresas e novos investimentos para o nosso concelho. Esta revisão do PDM deve também prever a implantação dos projetos estruturantes em termos de mobilidade e de acessibilidade para o nosso território, que tem graves e fortíssimos constrangimentos”, apontou Ricardo Araújo.

O presidente do PSD-Guimarães voltou a sublinhar, citado em comunicado, que “hoje a mobilidade e o trânsito é um dos principais problemas que nós temos em Guimarães”.

“Então, esta revisão do PDM, por aquilo que foi dado a perceber na apresentação a assistimos, vem exatamente prever, como sempre defendemos, os canais dedicados para o MetroBus de transporte público, na ligação agora já não só a Norte, até às Taipas, que permitirá a ligação até Braga, mas também a Oeste, para Ronfe e a Sul até Lordelo. Este é um objetivo muito importante, assim como a possibilidade de alargamento da via de caminho de ferro na sua ligação a Sul”, considerou Ricardo Araújo.

O presidente do PSD-Guimarães considerou, ainda, que “o PDM é um documento estruturante e fundamental para implantarmos uma visão de cidade e de concelho que efetivamente responda aos anseios das famílias e das empresas. Exige, agora, uma análise atenta e cuidada para verificarmos se prevê, de facto, aquilo que entendemos necessário e urgente para que o concelho se desenvolva, cresça e ofereça mais qualidade de vida a quem aqui vive e trabalha, implementando a nossa visão de futuro para o nosso concelho. É esse trabalho atento e cuidado que faremos agora, dado que o PS não partilhou o documento antes e não o discutiu connosco”.

 
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