Declarações após o encontro Vitória SC-Nacional (3-1), em atraso da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– João Henriques (treinador do Vitória SC): “O efeito dos ‘pratos da balança’ entre a equipa ter falta de ritmo competitivo e maior capacidade física notou-se nos primeiros 15 minutos. A equipa teve dificuldade em entrar no ritmo do jogo. A falta de ritmo competitivo foi penalizadora. A partir daí, a equipa entrou no jogo, equilibrou as coisas, fez o golo do empate e tornou-se uma equipa mais perigosa.
Na segunda parte, com a equipa mais disponível a nível de ritmo competitivo, e confortável, foi evidente que estávamos bem no jogo. Depois, surgem as situações para finalizar, que fazem o resultado final. Falámos do [desempenho] ao intervalo, mas também durante a semana, porque esta paragem não foi benéfica para o grupo, a nível de ritmo competitivo.
As individualidades sobressaem quando o coletivo é forte. Quando o coletivo é forte, as individualidades aparecem. Não é por acaso que o Quaresma faz o que faz [em referência a exibição de hoje]. Temos cá jogadores com muita qualidade, e o Quaresma é um deles. O Ricardo [Quaresma] não precisa de qualquer tipo de apresentação.
Hoje, ganhámos pontos a todas as outras equipas do campeonato. Aproximámo-nos dos lugares que queremos. Ficámos a dois do quinto e a quatro do quarto. Se formos competentes até ao próximo jogo em atraso [com o Farense], ultrapassaremos o quinto classificado. O Paços de Ferreira é o próximo adversário que queremos ultrapassar. Se subirmos ao quinto lugar, vamos querer o quarto. No domingo, frente ao Famalicão, vamos tentar ser competentes para continuarmos no ‘comboio’ da frente”.
– Luís Freire (treinador do Nacional): “[Na primeira parte], conseguimos construir sob pressão. O [Vitória de] Guimarães teve dificuldades em parar a nossa construção e conseguimos chegar a zonas perto da baliza do adversário. Fizemos o primeiro golo.
Estávamos a reagir forte à frente. A seguir, sofremos um golo num lance em que há mérito do adversário. O Nacional foi melhor na primeira parte. Teve identidade e personalidade, e o Vitória teve dificuldades em roubar-nos a bola.
Na segunda parte, queríamos manter [o jogo] igual, mas sofremos logo um golo, num lance em que temos de tirar a bola da área. Depois, podemos fazer o empate [pelo Camacho] e falhámos. O adversário acaba por ser muito eficaz naquela altura.
Os jogadores tentaram manter a organização da equipa. Várias vezes, poderíamos ter feito o 3-2. A diferença entre uma equipa e a outra foi o aproveitamento das oportunidades. Faltou-nos ser mais eficazes. O adversário aproveitou os nossos erros e não conseguimos aproveitar. Merecíamos outro resultado.
Do outro lado, também há qualidade. Sabemos que, por vezes, jogando contra equipas com mais qualidade na frente, os erros pagam-se muito caros. Nestes jogos, não se podem ter as mínimas hesitações. Depois, temos de fazer ‘pagar’ o adversário, mas falhámos em frente à baliza. O Nacional teve mais posse e mais oportunidades, mas tínhamos de ser mais espertos em frente à baliza.
(Análise às quatro derrotas consecutivas) O jogo com o Sporting [2-0] foi atípico, contra um adversário que está em primeiro lugar e tem qualidade. Contra o FC Porto [4-2, após prolongamento], para a Taça de Portugal, poderíamos ter vencido. Contra o Moreirense [1-0], criámos mais oportunidades e falhámos. Hoje, também tivemos lances. Se eu sentisse a equipa sem capacidade de criação e sem capacidade de reação, estava preocupado.
Temos de ganhar confiança. Temos poucos dias para preparar jogos e estamos a precisar de uma alegria. Temos de continuar o nosso caminho. Temos de ser eficazes para materializarmos o que criamos”.