A Confraria de Nossa Senhora da Abadia, em Amares, quer investir cerca de 4 milhões de euros na criação de alojamento nos quartéis existentes junto àquele santuário, para dinamizar o turismo religioso, informou hoje o presidente.
Carlos Portela, presidente da confraria, explicou à Lusa que o projeto passa pela criação de alojamento direcionado, por um lado, para grupos de jovens que ali queiram pernoitar e, por outro, para famílias que optem por uns dias de férias no local.
“O projeto está pronto e estamos a trabalhar, conjuntamente com a câmara, numa candidatura aos fundos comunitários”, referiu.
O objetivo é o aproveitamento dos antigos quartéis, que outrora eram utilizados para a pernoita dos romeiros mas que entretanto foram ficando “esquecidos”.
Segundo Carlos Portela, “há ali muito espaço, que dava perfeitamente para instalação de umas camaratas para jovens e para alojamento de tipologia T1 ou T2”.
A ideia passa ainda pela criação de um espaço museológico e pela reserva de um espaço para instalação de uma ordem religiosa.
“No fundo, queremos criar condições de atratividade, para incrementar o turismo religioso”, referiu, sublinhando que aquele é “o santuário mariano mais antigo de Portugal”.
O santuário está na “linha de passagem” dos romeiros para a Basílica de S. Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro, mas a confraria quer que ele se assuma como um “ponto de paragem e de pernoita”.
Entretanto, encontra-se em consulta pública, até 2 de março, o projeto relativo à classificação como conjunto de interesse público do Santuário de Nossa Senhora da Abadia.
Para o presidente da câmara de Amares, a classificação será “um passo importante para que o monumento seja reconhecido nacionalmente”.
Manuel Moreira manifestou-se confiante de que este processo conduzirá a “uma maior atenção por parte do Estado” àquele santuário, que classifica como a “uma pérola do concelho”.
“Faremos todos os esforços para dar à Abadia a dignidade e a importância que merece, para que se assuma, cada vez mais, como um local de culto religioso e paragem obrigatória dos circuitos turísticos”, sublinhou o autarca.