Os mais de 100 trabalhadores tinham ido de férias no início do mês e, esta segunda-feira, quando se apresentaram para retomar o trabalho na têxtil Nuri, encontraram os portões fechados. Cerca de 30 reuniram-se hoje à porta da fábrica.
Os funcionários não terão recebido qualquer aviso sobre o encerramento da fábrica, conforme avança a Santo Tirso TV.
“Tudo aquilo que nós sabemos é através dos nossos advogados porque a empresa não se pronunciou. Apenas recebemos um email a colocarem-nos de férias mais três dias e, até hoje, não nos disseram mais nada”, explicou Daniela Oliveira.
Têm mais de um mês de salário em atraso, assim como o subsídio de férias.
A empresa, situada na freguesia de Santa Cristina do Couto, está em processo de liquidação e deverá dar acesso ao subsídio de desemprego dos funcionários.
“A falência da empresa já havia sido decretada anteriormente, com planos de reestruturação que não foram cumpridos. Agora, o despacho de encerramento definitivo das instalações foi emitido, embora as trabalhadoras ainda não tenham recebido uma confirmação oficial dessa decisão”, refere o advogado Hêrnani Gomes, que representa alguma das funcionárias, citado pela Santo Tirso TV.
A Nuri era uma empresa especializada no fabrico de meias desportiva e que trabalhava para marcas como Primark e Puma. Em 2019, o Jornal de Negócios, dava conta de que se tratava de uma firma 100% exportadora que estava a investir 3,5 milhões de euros para aumentar a capacidade produtiva.