A mega-obra de construção de um terminal rodoferroviário em Lousado, Famalicão, por parte da empresa Medway, sofreu um novo atraso, desta vez por questões ambientais.
Segundo o vereador Augusto Lima, da Câmara de Famalicão, que respondia à vereadora da oposição Augusta Santos (ex-presidente da Junta de Lousado), os terrenos em causa contêm arsénio de origem natural, o que levará a atrasos no desenvolvimento do projeto.
A empresa, citada pela Cidade Hoje, refere que foi a própria quem informou a Agência Portuguesa do Ambiente da descoberta, após um estudo prévio, mas descartou desistir do mesmo, afirmando que o investimento é prioritário.
Em julho de 2023, após cinco anos do anúncio da construção, foram finalmente adquiridos todos os terrenos em Famalicão necessários para albergar a infraestrutura que vai ocupar uma área de 25 mil metros quadrados.
Ficará localizado em Lousado e será o maior terminal ferroviário de mercadorias da Península Ibérica.
A aquisição dos terrenos foi recentemnte consumada pela consultora Cushman & Wakefield, após terem sido negociados terrenos com mais de 20 proprietários, como avança o Construir.pt.
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Recorde-se que o Terminal Ferroviário de Mercadorias da Península Ibérica, como é chamado, terá quatro linhas férreas de 750 metros.
O terminal, que ficará implantado no sul do concelho de Famalicão, terá uma área de 220 mil metros quadrados e capacidade para 11 mil TEU (cada TEU equivale a cerca de 6,1 metros, o comprimento de um contentor-padrão de mercadorias).
Com a ligação ferroviária direta, através da Linha do Minho, bem como com as acessibilidades rodoviárias, através de diversas vias principais, este terminal irá potenciar a indústria exportadora local, facilitando a logística das suas mercadorias, contribuindo, desse modo, para a economia e o emprego da região.
A construção do terminal ferroviário de mercadorias é da responsabilidade da Medway, empresa do transporte ferroviário de mercadorias, e vai resultar num investimento estimado de 80 milhões de euros.