O pirata informático Rui Pinto foi constituído arguido em um novo processo aberto em 2019, cujos factos dizem respeito aos anos de 2015-2018.
A revelação foi feita pelo seu advogado, Francisco Teixeira da Mota, na abertura da sessão de prestação de declarações de Rui Pinto.
“Queria comunicar que na sexta-feira Rui Pinto foi constituído de novo arguido relativamente a factos que estão aqui em julgamento. O processo tem três anos, mas o MP só nesta sexta-feira constituiu Rui Pinto como arguido”, disse o advogado.
“Esta é uma estratégia perversa, prolongando artificialmente o estatuto de arguido”
Rui Pinto, de 33 anos, responde por um total de 90 crimes, pelo menos antes do novo processo revelado esta segunda-feira: 68 de acesso indevido, 14 de violação de correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.
O criador do Football Leaks encontra-se em liberdade desde 07 de agosto de 2020, “devido à sua colaboração” com a Polícia Judiciária (PJ) e ao seu “sentido crítico”, mas está, por questões de segurança, inserido no programa de proteção de testemunhas em local não revelado e sob proteção policial.