O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse hoje que o Presidente russo, Vladimir Putin, não se importa com um possível julgamento internacional por causa de crimes de guerra porque “a Rússia não reconhece o Tribunal Penal Internacional”.
Em entrevista à estação televisiva britânica Sky News, citada pela SIC Notícias (parceira oficial em Portugal), o russo disse também que a NATO é uma “máquina de confrontação“ contra a Rússia, e que esse é o principal papel daquela organização do Atlântico Norte.
Voltou a defender que o massacre em Bucha não existiu e que as imagens que correm mundo são “falsas, encenadas”. Disse ainda que os ucranianos utilizaram civis como escudo humano durante as “operações” russas.
Peskov alertou ainda que a possível adesão dos países da Escandinávia à NATO “é uma ameaça para o país”, referindo-se à possibilidade aventada de que Finlândia e Suécia podem aderir à aliança militar, da qual Portugal é um dos co-fundadores.
Contudo, o representante do Kremlin admitiu que o exército russo sofreu baixas importantes durante a invasão à Ucrânia (sem nunca lhe chamar invasão, mas sim operação militar especial), e que essas baixas são “uma imensa tragédia” para a Federação Russa.
Por fim, deixou a garantia que a cidade de Mariupol será brevemente libertada das tropas nacionalistas ucranianas, antevendo assim uma operação em larga escala na zona envolvente ao Mar Negro.