O PSD de Guimarães anunciou hoje, em conferência de imprensa, que vai apresentar uma proposta de atribuição de um vale escolar no valor de 20 euros para a aquisição de material escolar. O apoio destina-se a todos os alunos do ensino público e privado, do 1.º ao 12.º ano e os vales devem ser descontados no comércio local.
Ricardo Araújo, líder da concelhia social-democrata, justifica a proposta com o “aumento significativo da inflação” que tem “um impacto muito elevado do custo de vida para as famílias”. O presidente do PSD Guimarães considera que vivemos um “período excecional, com uma inflação galopante que alcançou, em julho, 9,1%” e chamou ainda a atenção para a subida das taxas de juro dos créditos à habitação. “Parece-nos importante que o município adote uma medida que permita apoiar as famílias no início do novo ano escolar”, concluiu.
De acordo com a proposta dos sociais-democratas, por tomar a forma de um vale que deve ser descontado no comércio local, a medida serve também para dinamizar este setor. O PSD Guimarães estima que o custo da medida deve atingir os 300 mil euros, para um universo estimado de 15 mil alunos. O apoio deverá abranger os alunos do ensino particular e público, independe da condição de rendimento.
Com o desemprego a cair há menos alunos com escalão
Segundo o professor Agostinho Lopes, membro da equipa do PSD Guimarães que preparou esta proposta, “a despesa que o Município tem inscrita no orçamento para apoios aos estudantes, sem contar com o ensino superior, é de cerca de 30 mil euros”. De acordo com este responsável do PSD, “atualmente só recebem apoio da Câmara os alunos abrangidos pelos apoios sociais (com escalão) e estes têm vindo a diminuir, uma vez que o desemprego está a baixar, mas a questão é que o poder de compra das famílias está a cair”, sublinha.
Relativamente ao facto de todos os alunos receberem a mesma quantia, independentemente dos rendimentos do agregado familiar, o PSD Guimarães esclarece que esta medida, que propõe multiplicar por dez os apoios que o Município dá aos alunos dos ensinos básico e secundário, é cumulativa com os apoios sociais e que a esse nível já é feita uma diferenciação.
A proposta, agora anunciada, está agendada para ser discutida e votada na primeira reunião do executivo, após as férias, no dia 15 de setembro.