A concelhia do PSD de Braga veio, esta terça-feira, “felicitar toda a equipa que se empenhou de forma profissional e inexcedível na preparação da candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura 2027”. Lembrou ainda que o Município tem um plano de investimento a dez anos no setor.
Em comunicado, o PSD diz que, “apesar de o júri ter decidido atribuir a Évora essa distinção, é indiscutível que a qualidade do projeto, o empenho da candidatura e a força do compromisso político que a proposta de Braga continha, projetaram o concelho para um tempo novo na gestão da política cultural”.
Já em declarações a O MINHO, o líder dos social-democratas bracarenses João Granja disse que o trabalho feito a preparar a candidatura, se integra num plano de investimento no setor cultural a dez anos, o que dá garantias de um trabalho programado e com sequência”.
Como Ricardo Rio sempre afirmou, diz ainda o PSD, “a marca maior da corrida à organização da iniciativa da Capital Europeia da Cultura não era a do simbolismo, mas a da consequência”.
E acrescenta: “Sem prejuízo da reconhecida importância que esta efeméride representa para o contexto nacional e europeu de afirmação de centros de cultura disseminadores de boas práticas e políticas substantivas, de nada valeria a Braga desenvolver esforços que começassem e terminassem num evento com prazo de expiração definido e limitado”.
De resto, “a estratégia cultural que serviu de base à candidatura bracarense projeta-se até 2030 e não depende, nem se fixa, nos termos e datas-limite associados a uma Capital Europeia da Cultura”.
Cultura é prioridade
Para o PSD/Braga, “o trabalho desenvolvido na preparação dessa estratégia e que serviu de apoio ao delinear da candidatura, apresentado em março de 2020″, permitiu conhecer “detalhadamente as forças e debilidades de um concelho que almeja a ter na cultura uma clara prioridade e aposta”.
“Ao desenhar uma estratégia para dez anos, o município libertou-se da precariedade de políticas de ocasião e amarrou-se a um objetivo de longo prazo que compromete positivamente Braga e os bracarenses ao cumprimento de metas tangíveis e fiscalizáveis”, lê-se no comunicado.
Investimento em infraestruturas
Os social-democratas salientam, ainda, que “os investimentos já anunciados em infraestruturas de monta, como a reconversão da Escola Francisco Sanches, a recuperação do Convento de S. Francisco, a criação de um centro de Media Arts no antigo cinema S. Geraldo ou a valorização da Ínsula das Carvalheiras, que não dependem nem nunca dependeram das verbas da Capital Europeia da Cultura, são a tradução prática dessa visão de longo prazo”.
E, prosseguindo, sublinham: “A evolução do investimento na cultura já hoje serve de testemunho factual da verdade e relevância desse compromisso. Em 2022, oito por cento do orçamento da Câmara está afeto à cultura, quando, em 2017, era de quatro. O objetivo final é que, em 2030, chegue aos 10%. Um aumento de 150% que deve ser avaliado não pelos números, mas sobretudo pelos resultados”.
“Também o número de entidades culturais apoiadas subiu de 11, em 2013, para 38, em 2022. E o valor desse apoio cresceu de 600.000 euros em 2017, para cerca de 1,5 milhões de euros. Uma marca clara de ecletismo, abertura e empenho que o município tem sabido aplicar em vários domínios da sua atividade”, enumeram.
Por tudo isto, sublinham que ”é de elementar justiça que Braga tenha sido escolhida como Capital Portuguesa da Cultura em 2025, ano que é apenas mais um na estratégia de posicionamento da cultura como fator crítico e motor do desenvolvimento do concelho, mas que acaba por ser tributário de um percurso e de um caminho que Ricardo Rio e a Coligação Juntos por Braga encetaram em 2013”.
Parabéns a Évora
E a concluir, o PSD de Braga deixou uma “palavra de congratulação a Évora, pela escolha como Capital Europeia da Cultura em 2027”.
“Que o ‘vagar’ se faça a força do sucesso que todos desejamos. E um tributo de reconhecimento, estima, consideração e alento a todos os que se empenharam pessoal e profissionalmente na candidatura de Braga. O seu exemplo não será esquecido e continuará a marcar presença no muito caminho que coletivamente temos ainda para fazer”, disseram.