O PS acusa a Câmara de Famalicão de não ter respeitado o luta nacional pela morte do ex-Presidente da República Jorge Sampaio. No fim de semana, apontam os socialistas, o presidente da Câmara, Paulo Cunha, e o vereador Mário Passos, agora candidato da coligação PSD/CDS, “continuaram com o seu roteiro de inaugurações, visitas e lançamentos de primeiras pedras”.
“Lamenta-se que, no último fim de semana, a maioria PSD/CDS-PP que há 20 anos vai gerindo a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão não tenha estado à altura das suas responsabilidades e cumprido com os deveres a que, como órgão executivo de uma autarquia local, institucionalmente está obrigada”, escreve Paulo Folhadela, porta-voz da candidatura do PS em comunicado enviado a O MINHO.
O PS recorda que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que deveriam “ser cancelados ou adiados os eventos organizados ou promovidos por entidades ligadas ao Estado” durante os três dias de luto nacional.
“O povo chama a isto descaramento e caça ao voto”, acrescenta o comunicado, acusando a Coligação de, “talvez para iludir o escrutínio da Comissão Nacional de Eleições”, ter “adaptado o léxico político-eleitoral” e, na informação prévia à comunicação social, terem surgido as expressões “visita às obras concluídas” ou “entrega simbólica à população” em vez de “inauguração”. “O descerramento da placa da ordem, esse, é que não podia faltar”, lamenta o PS.
A candidatura socialista prossegue, dizendo que “o dislate, porém, roçou a mais refinada produção teatral quando, para famalicense ver e apaziguamento de consciências em sobressalto, a direção de campanha da coligação PSD/CDS-PP fez saber no sábado, via Facebook, que suspendia as ações de promoção eleitoral previstas para os três dias de luto nacional”.
“Pudera! Para quê fazer campanha e ter de pagar para isso se se podem conseguir os mesmos objetivos, e sem custos, aparecendo nas freguesias como presidente Paulo Cunha e vereador Mário Passos?”, questiona o partido.