Alto Minho
“Promiscuidade” entre tráfico de droga e políticos do Alto Minho
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Imagem: Minho Digital
A “promiscuidade” entre as redes galegas de tráfico de droga e agentes políticos, no Alto Minho, é hoje a manchete do semanário “Minho Digital”, o novo jornal ‘online’ lançado pelo jornalista Manso Preto.
“Já de há muitos anos que sabemos que o Alto Minho é uma região privilegiada em termos de tráfico de droga. Neste momento, atinge situações preocupantes, não só porque há a questão de branqueamento de dinheiro, como o envolvimento de agentes políticos, e essa promiscuidade é que nós denunciamos na nossa manchete. Com nomes, com fotos e documentos. Não podemos ser mais esclarecedores”, explicou o diretor da nova publicação, José Luís Manso Preto.
O jornalista adiantou ser “alarmante” o “conluio” no que diz respeito “ao tráfico de droga, branqueamento de capital e políticos”, na região.
Com o título “Mão da Justiça não chega a Melgaço e Caminha” o artigo em destaque no “Minho Digital” adianta que “o Minho continua a ser o cenário ideal para as redes galegas de narcotráfico fazerem o branqueamento de dinheiro”.
“Depois da intervenção judicial de três quintas produtoras de vinho alvarinho do Clã dos Charlins, em Monção, novamente por solicitação da Audiência Nacional de Madrid, coube agora a vez de outras imponentes propriedades da rede de Marcial Dorado, localizadas em Melgaço e Caminha”, lê-se naquela notícia.
Para Manso Preto esta situação “é um cocktail muito explosivo que as pessoas no Alto Minho não estão a par”.
“Eu costumo dizer que há meio mundo a andar de dia, e outro meio a andar de noite”, afirmou.
Em 2002, o jornalista ‘freelancer’ protagonizou um caso inédito em Portugal ao ser detido por ordem judicial por se escusar a revelar uma fonte, tendo sido constituído arguido pelo crime de recusa em prestar depoimento.
Em outubro de 2005 o Tribunal da Relação deu provimento ao recurso do jornalista absolvendo-o do crime de desobediência a que tinha sido condenado em dezembro de 2004, a 11 meses de prisão com pena suspensa, durante três anos, por ter recusado revelar em tribunal as suas fontes enquanto testemunha num processo de tráfico de droga.
Em causa estava o processo dos irmãos Pinto, camionistas acusados de tráfico de droga e que se tornaram conhecidos por liderar o bloqueio na Ponte 25 de Abril, em 1995.
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