O Presidente da República considerou hoje que Portugal atravessa um “período bastante emocional”, mas mantém apesar de tudo “alguma moderação no meio da imoderação” que na sua opinião predomina em termos globais.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio da Cidadela de Cascais, durante o encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, associação constituída em 2012, com o alto patrocínio do anterior Presidente da República, Cavaco Silva, destinada a institucionalizar uma rede de contactos entre portugueses e lusodescendentes residentes no estrangeiro com posições de destaque.
No início da sua intervenção, o chefe de Estado dirigiu “uma palavra especial” ao antigo primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso, que preside à Mesa da Assembleia Geral do Conselho da Diáspora, e que está de saída do cargo de presidente do Banco Goldman Sachs International.
Recorrendo a uma “passagem evangélica”, Marcelo Rebelo de Sousa disse que Durão Barroso está “agora com maior disponibilidade ainda, se possível, para o Conselho e para Portugal”, em tempos em que “são muitos os chamados e por natureza apenas um escolhido”.
No seu discurso, o Presidente da República sustentou que este é “o tempo dos imoderados” e que também Portugal “não está imune ao emocional” nem “às vezes ao irracional, às pulsões mais diversas”, e atravessa mesmo um “período bastante emocional”.
“Tem, no entanto, a seu crédito quase 900 anos de História. Muito vivido, muito aprendido, muita sensatez subjacente à espuma político-mediática de cada segundo. Muito culto da vivência pacífica, da segurança, do risco calculado, da moderação, mesmo em clima universal adverso. Vivemos o tempo dos imoderados, e no entanto Portugal consegue alguma moderação no meio da imoderação”, acrescentou.