O porto comercial de Viana do Castelo registou um acréscimo, entre janeiro e novembro de 2019, de 9,3%, no que ao movimento de navios diz respeito, foi hoje anunciado pela AMT.
Foi, também, um dos portos nacionais a apresentar “um perfil de porto exportador”, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, no período em análise, de 63,8%.
A nível nacional, os portos comerciais do continente movimentaram, no mesmo período, um total de 80 milhões de toneladas, o que representa uma quebra de 5,8% relativamente ao mesmo período de 2018.
Relativamente ao movimento de navios a nível nacional, comparativamente ao período janeiro a novembro de 2018, os 11 primeiros meses de 2019 registaram um acréscimo de 0,7% no número de escalas (9.811 escalas) e uma diminuição no volume de arqueação bruta de 0,2% (para cerca de 188,9 milhões).
O porto de Lisboa foi o que mais influenciou este crescimento, ao registar um acréscimo homólogo de 157 escalas (+7%), seguido dos portos de Douro e Leixões com mais 25 escalas (1,1%), Viana do Castelo com mais 16 (9,3%) e Sines com mais 10 (0,5%).
De acordo com um relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), entre janeiro e novembro do ano passado foram movimentadas nos portos de Portugal continental menos 4,96 milhões de toneladas, em comparação com o período homólogo.
Comparando apenas os valores do mês de novembro de 2018 e de 2019, registou-se uma ligeira subida de 0,2%.
Os portos de Viana do Castelo, Leixões e Setúbal apresentaram comportamentos positivos, com um crescimento conjunto de 550 mil toneladas.
O porto de Sines é um dos responsáveis pelo desempenho negativo, porque registou uma quebra global de 5,25 milhões de toneladas, mas continua a manter a liderança do segmento dos contentores, com uma quota correspondente a 52,2% do total.
Apesar da quebra nos movimentos de carga, o porto de Sines continua a liderar o volume de carga movimentada, com uma quota de 48,2%, seguido de Leixões (22,4%), Lisboa (13,1%), Setúbal (7,3%) e Aveiro (6,2%).
Dos restantes portos com comportamentos negativos, o relatório salienta o porto de Aveiro, que no período de janeiro a novembro de 2019 registou um recuo de 2,2%, em resultado de uma quebra homóloga de 32% no mês de novembro.
Segundo o relatório da AMT, as operações de embarque entre janeiro e novembro de 2019 “foram profundamente influenciadas pelos mercados de Carga Contentorizada de Sines, Leixões, Lisboa e Setúbal, os Produtos Petrolíferos de Sines e Leixões, os Outros Granéis Sólidos em Setúbal e Lisboa e a Carga Fracionada em Leixões, que representaram 80% do total de carga embarcada”.
Relativamente às operações de desembarque, o documento destaca a variação positiva dos Produtos Petrolíferos em Sines, com um acréscimo de 2,4 milhões de toneladas (mais 47,4%), representando 68,4% do total das variações positivas.