Com 782 hectares de área ardida, Ponte de Lima é o concelho do Minho mais fustigado pelos incêndios, este ano.
Segundo relatório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), de 1 de janeiro a 31 de julho, o município limiano é o 8.º no país com maior área ardida.
Na lista dos 20 maiores incêndios no país, Ponte de Lima entra por três vezes (é o único concelho minhoto).
O incêndio em Facha (25 de julho) foi o 12.º maior incêndio no país, este ano, com 397 hectares de área ardida, Vitorino de Piães (16 de julho) aparece em 17.º com 158 hectares queimados, seguido de Fornelos (14 de julho) em 18.º com 136 hectares devorados pelas chamas.
A lista é liderada pelo incêndio de Oleiros, em Castelo Branco, que consumiu 5.570 hectares.
Consideram-se grandes incêndios sempre que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares.
Braga é 2.º distrito do país com maior número de incêndios
O distrito de Braga é o segundo do país com maior número de incêndios (462) – atrás do Porto (1.474) – mas é dos que têm menor área ardida (646 hectares).
Segundo o ICNF, os incêndios são maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassam 1 hectare de área ardida).
Já o distrito de Viana do Castelo tem menor número de incêndios (301), mas uma área ardida superior (1.032 hectares).
Vila Verde é o sexto concelho do país com maior número de incêndios (101) apresentando uma área ardida de 118 hectares.
Mais de 24 mil hectares arderam nos primeiros sete meses do ano em Portugal
Ponte de Lima é o 8.º (78 incêndios), mas com uma área ardia bem superior (782 hectares).
Arcos de Valdevez surge em 10.º com 74 incêndios e 88 hectares ardidos.
A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de julho de 2020, um total de 5 294 incêndios rurais que resultaram em 24 680 hectares de área ardida, entre povoamentos (12013 ha), matos (8247 ha) e agricultura (4420 ha).
Comparando os valores do ano de 2020 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 43% de incêndios rurais e menos 34% de área ardida relativamente à média anual do período. O ano de 2020 apresenta, até ao dia 31 de julho, o valor mais reduzido em número de incêndios e o 6.º valor mais baixo de área ardida, desde 2010.