Os profissionais da Polícia Judiciária de Braga estão a aderir em massa à greve nacional, num departamento regional onde há problemas específicos, como instalações degradadas e paredes meias com um telhado de amianto, além de terem um único perito informático, para todos os casos ali investigados, revelou a O MINHO o inspetor Francisco Figueiredo.
Para o mesmo inspetor, “toda a gente perceberá que sendo nos dias de hoje grande parte dos crimes praticados com recurso a meios informáticos a existência de um só profissional dificulta o nosso trabalho quotidiano, além de já não cabermos dentro destas instalações”.
“A necessidade de um estatuto atualizado que contemple a realidade presente da Polícia Judiciária e o pagamento devido pelas horas suplementares são outros dos problemas que esperamos ver resolvidos, parecendo-nos que esta direção da PJ, ao contrário da anterior, tem boa vontade para ultrapassar estas situações, porque a está a dever muito dinheiro aos seus profissionais e de todas as categorias”, acrescentou o inspetor Francisco Figueiredo.
Segundo destacou aquele investigador, ladeado por outro inspetor da PJ de Braga, Victor Martins, “pela primeira vez na história da Polícia Judiciária, as associações sindicais da nossa instituição, que são as dos funcionários de investigação criminal, dos seguranças e dos funcionários, técnicos, administrativos, auxiliares e operários da PJ decidiram, em conjunto, unir-se em torno das questões basilares, de justiça, de direito e estabelecem um rumo de futuro para a nossa organização, que necessita de novos estatuto e lei-orgânica”.