Declarações após o jogo SC Braga-Arouca (0-3), da 28.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje, no Estádio Municipal de Braga:
– Rui Duarte (treinador do Braga): “[Falhou] Sobretudo a primeira parte, em que a nossa abordagem não foi a melhor. Houve falta de agressividade, com poucas faltas, os setores muito distantes uns dos outros. Não conseguimos ser uma verdadeira equipa no processo defensivo e, ofensivamente, não funcionou também, o que nos enervou.
Não soubemos criar ações ofensivas que nos levassem a ter oportunidades de golo. Tivemos um remate e o Arouca três ou quatro, e fez dois golos, foi muito eficaz.
Isso levou-nos a uma situação difícil em que tivemos que arriscar e a segunda parte foi diferente. Entrámos mais fortes, criámos algumas ocasiões de golo e fizemos um, mas não percebo por que é que o árbitro apitou, porque não há falta absolutamente nenhuma [de Banza]. Dava-nos o 2-1 no início da segunda parte e isso podia galvanizar-nos para outro resultado.
Mas não foi por isso que perdemos, perdemos porque não estivemos bem. Assumo a minha responsabilidade, não é a minha forma de estar esconder-me. Temos que trabalhar e arranjar soluções. Atrevo-me a dizer que, dos jogos que vi, esta talvez tenha sido a pior parte dos últimos tempos.
O jogo não foi fácil de preparar seguramente. Não quisemos mudar abruptamente, não era essa a ideia. Treinámos alguns processos defensivos simples que dariam estabilidade, mas não correu bem e isso enervou a equipa. Senti a equipa bem, afastada do ruído exterior, mas o que teve influência foi a entrada em jogo, em que fomos apáticos, muito macios e demos muito espaço para jogar ao Arouca, que foi melhor do que nós”.
– Daniel Sousa (treinador do Arouca): “O desconforto que referia [por ser o treinador do Sporting de Braga na próxima época] era pessoal e não da equipa. A resposta da equipa durante a semana, como ao longo de todas estas semanas, foi de compromisso e intensidade, o que permite chegar aos jogos desta forma. Não íamos mudar o registo, nem em termos estratégicos.
A primeira parte foi muito forte da nossa parte, com posse e com oportunidades. Na segunda, não controlámos tanto a posse de bola. Sabíamos da força do Sporting de Braga no jogo exterior, com muitos cruzamentos, e estivemos preparados para isso.
Redefinimos o objetivo [porque, quando assumiu o cargo, o Arouca era último classificado], agora podemos pensar noutros objetivos, mas temos uma pontuação estipulada. Queremos é vencer o Boavista no próximo jogo.
[O que sentiu por parte dos adeptos do Braga] Não é uma pergunta que vou responder agora. Tenho de me abstrair de todo o espaço mediático em torno da próxima época, assim como abstrair a equipa”.