Pena suspensa para segurança que agrediu jovem em discoteca e lhe causou a morte

A leitura decorreu esta tarde no Tribunal de Guimaraes, com penas suspensas para dez arguidos, como Eduardo Silva (“Edu”) e o seu principal colaborador, Jorge Sousa. Ambos por detenção de arma proibida. Foram todos absolvidos da acusação de associação criminosa. O caso foi conduzido pela Divisão de Investigação Criminal da PSP.

Esta decisão judicial surge numa ocasião em que a segurança privada está em causa com os recentes casos de violência em casas de diversão noturna de Lisboa.

E parte das acusações esta quinta-feira provadas ocorreu em discotecas e clubes noturnos de Lisboa, um dos núcleos do grupo, a par dos núcleos de Vila Real e do Vale do Sousa, bem como o exclusivo em todas as instalações do FC Porto, como no Estadio do Dragão. A falta de provas ao longo de todo o julgamento foi decisiva para a decisão judicial em Guimaraes, porque as supostas vítimas durante as audiências não confirmaram nunca essas situações descritas na acusação do Ministério Publico.

Pela morte de um jovem em Famalicao o vigilante e segurança da empresa de segurança privada SPDE, Jorge Ribeiro, teve uma pena suspensa de quatro anos, pelo crime de ofensa à integridade física qualificada, devido ao resultado morte da vítima, Luis Miranda. Para a maioria dos arguidos houve penas suspensas e penas de multas pecuniárias.

Com 54 arguidos, a “Operação Fénix” está relacionada com a alegada utilização ilegal de seguranças privados, tendo como epicentro a empresa SPDE, também arguida no processo.

Os operacionais da SPDE fariam serviços de segurança pessoal, sem que a empresa dispusesse do alvará necessário para o efeito.

Os arguidos respondem por crimes de associação criminosa, exercício ilícito da atividade de segurança privada, extorsão, coação, ofensa à integridade física qualificada, ofensas à integridade física agravadas pelo resultado morte, tráfico e mediação de armas, posse de arma proibida e favorecimento pessoal.

Segundo o despacho de pronúncia, os arguidos dedicavam-se também a “cobranças difíceis” e coagiam os responsáveis dos estabelecimentos a optarem por seguranças da SPDE.

 
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