O projeto Pedibus, um programa de mobilidade escolar onde os alunos do ensino primário vão a pé para a escola num grupo organizado e vigiado – e que se encontra em fase piloto no concelho de Braga – já trocou as voltas aos hábitos diários de 30 crianças que anteriormente se deslocavam de carro para as escolas.
Esta semana, e em conjunto com outros cinco projetos, a Câmara de Braga viu aprovada a candidatura ao Fundo para o Serviço Público de Transportes, sob gestão do Conselho Directivo do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes.
O programa encontra-se em fase piloto nas escolas EB1 S. João do Souto, EB 1 Ponte Pedrinha e Colégio D. Pedro V, por entre ensino público e privado, adiantou a O MINHO a vereadora com o pelouro da Mobilidade, Olga Pereira.
Segundo a autarca, este projeto é semelhante ao iniciado no ano letivo anterior que consistia num “Cicloexpresso”, onde as crianças podiam ir de bicicleta para a escola, num grupo aumentado, e sempre monitorados por responsáveis cedidos pela Câmara de Braga.
No caso do Pedibus, os alunos “inscrevem-se e depois temos monitores que os apanham nas localizações indicadas”, disse Olga Pereira, adiantando que existem sete percursos definidos, havendo já um total de “50 alunos inscritos e repartidos de igual forma pelas três escolas”.
Os principais motivos apontados pelos pais para participar no Pedibus passam pela promoção da “autonomia da criança”, porque “é saudável para a criança” e “promove a socialização”, além de reduzir o “tráfego automóvel em redor das escolas” e proporcionar “melhor gestão do tempo e das rotinas diárias”.
A média, indica a vereadora, é de 11 alunos participantes por dia e por cada uma das escolas, englobando crianças dos 06 aos 10 anos (porque apenas está a ser testada no 1.º ciclo).
“Curiosamente há muitas mais raparigas (62%) do que rapazes (38%), o que pode revelar a confiança e segurança por parte dos pais”, considerou Olga Pereira, revelando que “56% das crianças (quase 3 dezenas) iam de carro e agora vão com o Pedibus”.