O Grupo Parlamentar do PCP responsabilizou hoje o Governo pelo “agravamento das injustiças e das desigualdades” e por continuar a rejeitar o aumento dos salários e das pensões, enquanto olha para a inflação como “uma inevitabilidade”.
“O Governo é responsável pelos cortes nos salários e nas pensões e pelo agravamento das injustiças e das desigualdades. A inflação não é uma inevitabilidade, nem as injustiças e as desigualdades são obra do acaso”, acusou a líder da bancada comunista, Paula Santos, no início de um debate na Comissão Permanente do parlamento sobre o aumento do custo de vida.
A dirigente comunista acrescentou que o aumento das desigualdades e injustiças “resultam das opções da política de direita” adotadas pelo Governo socialista e da “sistemática recusa em fazer o que é preciso”.
Na ótica do partido, o executivo de António Costa está “há meses a propagandear o aumento histórico”, mas aquilo que realmente quer “é obstaculizar” a sua a valorização.
“Há soluções e o PCP apresentou-as. É este o tempo de lutar por elas”, vincou Paula Santos.
As soluções para mitigar os efeitos da inflação, para os comunistas, são: aumento dos salários e das pensões; controlo “urgente” do preço de bens essenciais, combustíveis e eletricidade; impedir o aumento das rendas; aumentar “o montante das prestações sociais e alargar a sua abrangência”.