O pai e o filho detidos pela PSP de Viana do Castelo, na segunda-feira, com mais de 250 quilos de explosivos, foram libertados, estando ambos nas suas moradias, na localidade de Vaqueira, freguesia de Miranda, concelho de Arcos de Valdevez.
Os dois suspeitos por crimes de posse de armas e de munições, bem como por posse/produção ilegal e comércio de produtos explosivos, foram já apresentados ao Tribunal Judicial de Arcos de Valdevez, que se decidiu por medidas de coação não detentivas.
Com o aproximar dos festejos pascais, o Comando Distrital de Viana do Castelo da PSP antecipou a sua operação, retirando a cerca de 260 quilos de explosivos, da casa do pai e do filho, artefactos que estavam mal-acondicionados numa zona residencial.
Embora o destino de todas as entregas de material conhecidas, por parte do principal suspeito, Jorge Barbosa, tenha sido o das comissões fabriqueiras da região do Alto Minho, a gelamonite pode ser utilizada para atentados bombistas, mas não neste caso.
Na vizinha Galiza, tal como em toda a Espanha, a gelamonite, que é licenciada para legalmente destruir granito em pedreiras, em Portugal, devido ao seu alto poder destrutivo, também costuma ser usada para o fabrico de bombas, por grupos terroristas.
O agente policial foi logo socorrido, pelos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, que estavam de prevenção no local das explosões controladas, um antigo campo de futebol, sendo assistido no Hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
A operação do Comando Distrital da PSP de Viana do Castelo contou com apoio do Departamento de Armas e Explosivos da Direção Nacional da PSP e da Força Destacada da Unidade Especial de Polícia no Comando Metropolitano da PSP do Porto.
Na ação estiveram ainda envolvidos militares do Destacamento Territorial da GNR dos Arcos de Valdevez e operacionais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez, que, entretanto, socorreram logo o polícia ferido.