Governo dá apoio de até 10 milhões para atenuar efeito do parque eólico flutuante em Viana

Projeto Windfloat
Governo dá apoio de até 10 milhões para atenuar efeito do parque eólico flutuante em viana
Foto: DR

O Governo autorizou transferir em dezembro para o Sistema Elétrico Nacional “até 10 milhões de euros” para “atenuar a repercussão” do investimento no parque eólico flutuante ao largo de Viana do Castelo sobre o tarifário da eletricidade.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros publicada hoje em Diário da República (DR), o Governo autoriza “o Fundo Ambiental, na condição de haver cofinanciamento europeu para a execução do projeto Windfloat, e em função da execução financeira em 2019, a proceder a uma transferência inicial, em dezembro de 2019, de até 10 milhões de euros (…) para o Sistema Elétrico Nacional (SEN), de modo a atenuar a repercussão do investimento no referido projeto sobre o tarifário da eletricidade”.

Em causa está o Windfloat Atlantic, um projeto de uma central eólica ‘offshore’ (no mar), em Viana do Castelo, orçado em 125 milhões de euros, coordenado pela EDP, através da EDP Renováveis, e que integra o parceiro tecnológico Principle Power, a Repsol, a capital de risco Portugal Ventures e a metalúrgica A. Silva Matos.

O Governo autoriza também, “na condição de haver cofinanciamento europeu para a execução do projeto Windfloat”, o Fundo Ambiental a transferir para o SEN, “pelo período de 25 anos a começar em 2020, receitas provenientes das licenças de carbono (…) até ao montante necessário para atenuar a repercussão do investimento no referido projeto sobre o tarifário da eletricidade desse ano”.

A resolução entra em vigor na sexta-feira, de acordo com a publicação em DR.

Estas autorizações foram aprovadas no dia 12 de setembro, em reunião do Conselho de Ministros.

Na altura, em comunicado, o Governo explicou que a “contribuição diz respeito ao valor do investimento não cofinanciado por fundos europeus, referente à construção, operação, manutenção e exploração de um cabo submarino que assegurará a ligação entre a produção eólica ‘offshore'”, num parque a ser instalado ao largo de Viana do Castelo, e a rede elétrica de serviço público”, situada no território daquele concelho do Alto Minho.

As três turbinas que compõem o parque eólico serão montadas em plataformas flutuantes ancoradas no leito do mar e terão no seu conjunto uma capacidade instalada de 25 MW (megawatts), o equivalente à energia consumida por 60.000 habitações por ano.

O WindFloat Atlantic utiliza tecnologia “de ponta”, fornecida pela Principle Power, que vai permitir a instalação de plataformas flutuantes em águas profundas, antes inacessíveis, com o aproveitamento de abundantes recursos eólicos.

O parque eólico ficará localizado a 20 quilómetros da costa de Viana do Castelo, numa zona em que a profundidade da água alcança os 100 metros.

O projeto é apoiado por entidades públicas e privadas e é financiado pela Comissão Europeia, pelo Governo português e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).

A Energias de Portugal, S.A. (EDP) é a maior acionista da EDP Renováveis, que tem sede em Madrid e está cotada na bolsa de Lisboa.

 
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