Stéphanie Amorim, de 21 anos, foi eleita primeira-dama da região de Bourgogne Franche Comté na edição francesa do Miss Petite Universe, concurso que visa distinguir as mulheres mais bonitas do mundo com menos de 1,70 metros de altura e idade entre os 14 e os 28 anos.
Residente em Dijon, França, onde estuda Direito na universidade de Bourgogne, é natural da união de Freguesias de Padreiro Salvador e Santa Cristina, em Arcos de Valdevez e, “como filha de pais portugueses”, vincou a O MINHO que é “um grande orgulho poder desfilar nos eventos com a coroa e a faixa”, representando Arcos de Valdevez, o Minho e Portugal.
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De acordo com a sua organização, este concurso visa romper com os ditames da Moda e não tem qualquer critério em relação ao peso para mostrar que as mulheres mais baixas e pesadas também podem ser elegantes. A eleição regional decorreu em outubro e terá continuidade a nível nacional até final do ano, para apurar a representante para o concurso “universal”. Em 2016, uma lusodescendente residente no Canadá venceu o título mundial.
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“Considero-me muito lusodescendente”, afirma a ‘miss’, que é multilingue (francês, espanhol e português). E Stéphanie tem noção que o facto de o ser lhe pode abrir “muitas portas”. E uma delas leva a “viajar para Portugal, estudar, cumprir estágio, trabalhar”.
Em 2021, foi eleita Miss Fotogenia no concurso Miss Queen Viana, que selecionou as mais bonitas do Alto Minho para o concurso nacional daquele prémio que hoje é o equivalente ao “Miss Portugal”.
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Sobre essa distinção, admitiu à associação lusófona capmagellan, é uma das “melhores recordações” de toda a vida, “uma experiência incrível” que aconselha “todas as meninas que queiram fazer”.
Desde nova que os pais emigrantes de Arcos de Valdevez lhe “ensinaram o conhecimento” das origens portugueses, “sejam as tradições, a língua, a possibilidade de ir duas ou até três vezes por ano” a Arcos de Valdevez, que é a sua “vila preferida”.
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Stéphanie já foi vítima de “racismo e assédio”, quando era mais jovem e fez “disso uma força”. Lembrou que graças aos concursos de beleza, passou a representar a comunidade portuguesa em França, mas também a “ajudar todas as mulheres a realizarem o seu sonho e não terem vergonha de serem de origem portuguesa”.