Declarações após o Moreirense – Estrela da Amadora (2-2), jogo da 28.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, concelho de Guimarães:
Rui Borges (treinador do Moreirense): “Houve uma primeira parte onde fomos superiores a todos os níveis, proativos com e sem bola. Não deixámos sequer o Estrela chegar à nossa baliza. Controlámos o jogo vertical do adversário. Chegámos ao intervalo a ganhar 2-0 com todo o mérito e qualidade.
Entrámos concentrados na segunda parte. Não foi por falta de concentração que sofremos. O Estrela mexeu na equipa, obrigou–nos a esticar o jogo e foi mais agressivo na pressão. Com o passar do tempo, perdemos algum rigor a tapar linhas de passe. O Estrela ganhou confiança e conseguiu ligar mais vezes com os médios. O Léo acrescentou qualidade com bola. Mas não foi por aí que chegaram aos golos. Perdemos alguma intensidade, mas o Estrela acaba por ser feliz.
O segundo golo resulta de uma perda de bola nossa que não pode acontecer. Tirando isso, o Estrela tem uma bola parada perigosa. Mas também não fomos capazes de colocar o Estrela em sentido. O Camacho e o Kodisang perderam algum vigor físico. Houve mérito por o Estrela ter mexido com o jogo e demérito nosso por termos mantido o jogo ‘morno’. Nos últimos minutos, poderíamos ter sido mais felizes. É um ponto na nossa caminhada. Temos de fazer o máximo de pontos possível para, no final, batermos palmas a estes rapazes.
[A dupla escolhida para o meio-campo] fez um jogo competente. O Castro até fez um bom golo e um bom jogo. O Rúben também fez um bom jogo. Não posso pedir mais à equipa. É frustrante estar a ganhar 2-0 e empatar 2-2, mas é normal. Os jogadores deram uma boa resposta. Não podemos ser 100% perfeitos em todas as ações do jogo.”
Sérgio Vieira (treinador do Estrela da Amadora): “Infelizmente, não entrámos da forma que nos caracteriza, intensa e agressiva sobre o espaço e o adversário com bola. Felizmente foi só uma parte. Conseguimos ajustar a equipa para a segunda parte. Tínhamos de ir ao encontro do nosso modelo de jogo, da nossa ideologia, do que somos. Isso verificou–se na segunda parte. Infelizmente, sofremos a expulsão, senão iríamos tentar continuar a virar o resultado até ao final. Mas fica o registo de um ponto na casa de uma equipa que é sexta classificada com mérito.
Não saio satisfeito com o ponto. No duelo com o Moreirense na nossa casa, sentimos o ‘amargo’ da derrota, de sofrer um golo por mérito individual do André Luís na parte final [1–0]. Hoje, na primeira parte, o Moreirense foi superior e nós inferiores. Não fizemos um grande jogo. Fizemos uma grande segunda parte. As substituições vieram ao encontro do que queríamos fazer. Queríamos estar em vantagem com o ‘onze’ que entrou. Estes que entraram ao intervalo acrescentaram. Na primeira parte, falhámos muitos passes e houve muitas incursões lentas. Felizmente corrigimos isso.
Temos seis finais pela frente. Temos de, no mínimo, somar mais oito pontos para ‘carimbar’ a manutenção. Temos qualidade individual e coletiva para muito mais. Não queríamos estar envolvidos nesta luta e não merecíamos, mas as circunstâncias do campeonato levaram–nos a isto. Acredito profundamente [na permanência]. Houve uma fase na primeira volta em que, ao defrontar adversários do ‘nosso campeonato’, estávamos fragilizados. As mudanças de janeiro serviram para nos fortalecer.”