Declarações após o jogo SC Braga-Farense (2-1), da 22.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Artur Jorge (treinador do SC Braga): “Se era esta a reação que queria? Sim, queria ganhar, obviamente, é uma vitória muito importante e é muito justa. Tenho que destacar a personalidade, a coragem e o caráter de todos os jogadores, foi uma vitória bem conseguida.
Sentimos falta de espaço, foi um Farense muito próximo da sua área, tentámos muitos cruzamentos para a área, mas sem resultados práticos. Depois do empate, e com pouco tempo de jogo, precisávamos de arriscar, metendo gente com outra energia.
Quero acreditar que sim [vitória poder desbloquear momento negativo da equipa]. Disse que o importante era ganhar para a equipa perceber que era muito mais que os resultados dos dois últimos jogos, e somos de facto muito mais do que isso.
Não estava à espera de uma grande exibição, isso seria muito difícil, mas foi uma exibição segura e dominadora para ir buscar o resultado que queríamos.
(Penalty falhado de João Moutinho) Parece que tudo nos acontece, na altura pensei isso, que temos o universo contra nós. Mas, ao intervalo, procurei passar serenidade aos jogadores e manter o plano, as dinâmicas e o compromisso, assim como anular o momento de transição do Farense.
O Roger fez um bom jogo, ele estava muito ansioso no início, tentámos transmitir-lhe tranquilidade, eu e os jogadores mais experientes, para ele desfrutar do jogo. Pedimos que ele, dentro da responsabilidade do jogo, pudesse divertir-se e fez um jogo muito interessante.
(Críticas de José Mota à arbitragem sobre o lance do primeiro golo dos bracarenses) Não quero comentar essa questão”.
– José Mota (treinador do Farense): “Num jogo de futebol, temos que estar atentos à nossa equipa e ao momento do adversário, há uma série de fatores que são importantes para o desenvolvimento do jogo. Sim, a nossa estratégia passava por explorar essa intranquilidade do adversário, fazer pressão no portador e aproveitar a profundidade que o Sporting de Braga dá.
Na primeira parte, teve muita posse de bola, muitos cruzamentos, foi a equipa com sinal mais, nós queríamos ter saído mais vezes, mas não conseguimos.
Depois, pelo meio, tivemos as peripécias do costume, com penáltis que só se marcam contra o Farense. Veio a segunda parte e melhorámos, dividimos o jogo. Sofremos um golo quando estávamos bem melhor.
Agora, gostava de vos perguntar: o futebol tem regras, não tem? O lançamento [que dá origem ao primeiro golo do Sporting de Braga] foi feito 30 metros à frente. 30 metros! Ninguém viu, o árbitro não viu, o VAR também não. Esse lançamento dá golo e ninguém vê. O golo não tem de ser anulado?
Fomos atrás do resultado, as alterações produziram efeito, fizemos um golo, estávamos a ser melhor equipa e o Sporting de Braga estava perturbado. Senti que podia ganhar o jogo, mas depois veio o segundo golo. Não digo que seja injusto o resultado, o Sporting de Braga venceu com mérito, mas não foram cumpridas algumas regras do futebol. Até hoje, marcámos golos a todos os ‘grandes’ e só não fomos mais além porque os lançamentos são marcados 30 metros à frente”.