O Ministério Público (MP) está a investigar acusações de corrupção que envolvem o agente de Pedro Gonçalves, segunda as quais, este terá subornado dirigentes das autoridades antidoping para que o então jogador do Famalicão não fosse suspenso preventivamente depois de um teste de dopagem e assim não prejudicar a transferência para o Sporting.
A informação é avançada pelo semanário Novo , salientando que processo só terá sido arquivado quando “Pote”, de 22 anos, já tinha marcado nove golos que valeram seis pontos ao Sporting na liga.
Aquele jornal diz que houve duas denúncias relativas ao caso, uma em dezembro de 2020 e outra um mês mais tarde. O teste antidoping com resultado positivo refere-se a um jogo entre o Tondela e o Famalicão, realizado a 5 de julho de 2020.
A intervenção do agente, Jorge Pires, terá acontecido, é referido, com o objetivo de não inviabilizar o negócio com o Sporting, concretizado a 18 de agosto, pouco mais de um mês após o teste positivo.
O Novo refere que Jorge Pires terá oferecido 80 mil euros para que o processo fosse sendo adiado e eventualmente arquivado, como acabou por acontecer no fim de novembro de 2020.
De acordo com as denúncias, Manuel Brito, presidente da ADoP, e António Júlio Nunes, diretor-executivo da mesma, terão recebido 30 mil euros em dinheiro. Por Rui Alves, José Fanha Vieira e Luís Horta, todos ligados à ADoP, terão sido distribuídos 50 mil euros.