Morreu, esta quinta-feira, aos 84 anos, o padre Mário de Oliveira, popularmente conhecido como padre Mário da Lixa.
Segundo o Jornal de Notícias, faleceu no Hospital de Penafiel, onde estava internado desde o final do mês de janeiro devido a um acidente de viação.
O padre sofre um acidente a 26 de janeiro. O carro em que seguia despistou-se, por falta de travões, e embateu violentamente num muro.
De acordo com a sua biografia na Wikipedia, consultada hoje por O MINHO, Mário Pais de Oliveira ficou conhecido por, antes do 25 de Abril, ter criticado duramente a guerra colonial, vindo a ser perseguido pela PIDE e julgado por duas vezes em Tribunal Plenário.
Foi professor de Religião e Moral no Liceu Normal D. Manuel II (posteriormente, Liceu Rodrigues de Freitas) e enviado como capelão para a guerra colonial.
Manteve sempre uma ligação a meios progressistas da Igreja Católica.
Expulso da Igreja pela sua postura crítica, foi director do jornal “Fraternizar”, que ainda continua a publicar-se, e escreveu livros. Também foi jornalista do jornal Correio do Minho.
Em abril de 1999 publicou a sua obra mais polémica, Fátima nunca mais”, na qual tenta desfazer o mito e apresenta provas que desmentem as aparições de Fátima.
Refere que a utilização de Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus dos Santos numa suposta aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 1917, arruinou a vida das três crianças.