Ministra da Saúde diz que DGS teve parecer positivo para uso generalizado de máscaras

Covid-19

A ministra da Saúde anunciou hoje, em entrevista à RTP1, que a Direção-geral da Saúde pediu um parecer sobre o uso generalizado de máscaras para evitar a propagação da covid-19, tendo sido aconselhada a equacionar a medida.

“A Direção Geral de Saúde (DGS) pediu ainda hoje um parecer ao coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Luta contra as Resistências Microbianas e esse parecer vai no sentido de equacionar o uso mais amplo das máscaras”, afirmou Marta Temido.

A ministra não adiantou se a recomendação será adotada, mas admitiu que os responsáveis pelas decisões têm de se adaptar e ter uma dinâmica muito rápida perante as evidências novas que vão surgindo.

Escolas médicas defendem que toda a população deveria usar máscaras

“Em algumas circunstâncias e, se devidamente utilizada e acompanhada por um conjunto de outras medidas, [as máscaras] são um instrumento protetor”, afirmou, explicando que o uso de máscara facial pode permitir à população voltar a fazer algumas coisas que até agora não são aconselháveis.

Na sexta-feira, o presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), Fausto Pinto, criticou a posição da Direção-Geral da Saúde sobre as máscaras de proteção, face à pandemia da covid-19.

“Está demonstrado que a utilização das máscaras diminui o potencial de contaminação. O que nos incomodou na posição da Direção-Geral da Saúde foi o argumento utilizado: de que não era eficaz. Isto não é verdade. O que temos é que não há máscaras suficientes e, por isso, arranjou-se um artifício, uma desculpa, dizendo que as máscaras não são eficazes”, afirmou, em entrevista à Lusa, o líder do conselho que reúne a academia portuguesa na área da medicina.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).

 
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