O cometa C/2017 K2 (PANSTARRS), familiarmente conhecido por “K2”, passou hoje na sua trajetória mais próxima do planeta Terra, a cerca de 270 milhões de quilómetros, para lá da órbita de Marte.
Apesar de ser um dos maiores cometas jamais registados pelos telescópios terráqueos, o facto de estar para lá de Marte levou a que a sua passagem fosse um pouco ofuscada. Avistado pela primeira vez em 2017 (daí o nome), nos confins do Sistema Solar, dirige-se para o Sol, podendo ser avistado com recurso a telescópio até ao mês de dezembro.
Durante os próximos dias, será possível avistar o cometa com recurso a telescópios amadores, e até binóculos, pois ficará mais brilhante conforme se aproxima do “astro rei”.
Composto por um grande núcleo e uma ainda maior nuvem de gás e poeira, o K2 foi avistado em 2017, quando passava por entre as órbitas de Saturno e Urano, a cerca de 2,4 bilhões de quilómetros do sol. O facto de, nessa altura, já ser possível observar a longa nuvem gasosa do cometa surpreendeu os cientistas, percebendo que se tratava de um dos maiores jamais observados.
O tamanho do cometa ainda é discutido por entre os académicos. De acordo com o telescópio Canada–France–Hawaii, poderá ter entre 30 a 160 quilómetros de comprimento, mas o telescópio Hubble, que está mais bem posicionado (na órbita da Terra), sugere que terá ‘apenas’ 18 quilómetros.
Também não é sabido se o cometa sobreviverá à passagem pelo sol, mas sabe-se que ficará cada vez mais brilhante conforme se aproxima do centro do nosso sistema planetário, até porque o gelo irá derretendo, deixando um rastro de poeira gelada no ‘cosmos’.