Quatro médicos, três enfermeiros e uma clínica de Braga pagaram meio milhão de euros aos pais de uma menina, agora com 14 anos, que ficou em estado vegetativo devido a um parto negligente.
Segundo o Correio da Manhã, que avançou a notícia, o caso estava na justiça há nove anos, mas só recentemente, quando perceberam que iam ser condenados, os arguidos chegaram a acordo com os queixosos, que reclamavam em tribunal uma indemnização de 2,4 milhões de euros.
A Casa de Saúde de S. Lázaro, em Braga, onde foi realizado o parto no dia 16 de outubro de 2007, pagou 60 mil euros; o médico pediatra e ginecologista desembolsaram 75 mil cada um; os restantes arguidos, um médico anestesiologista, uma segunda obstetra e três enfermeiros acordaram pagar cerca de 22 mil euros cada um; os restantes 75 mil ficaram a cargo da seguradora da clínica.
Ainda de acordo com o Correio da Manhã, o parto, filmado pelo pai, não correu como esperado, tendo a criança nascido sem sinais vitais. Foi reanimada e estabilizada, mas, pouco depois, deixada ao cuidado de dois enfermeiros.
O jornal detalha que o pediatra foi para casa e só no dia seguinte, 13 horas após o parto, voltou a ver a bebé, que apresentava evidentes sinais de sofrimento. E só duas horas depois decide transferi-la para o Hospital de S. Marcos.
A bebé entrou no hospital – a 150 metros da clínica – a meio do dia 17 já com um quadro clínico irreversível. Atualmente, tem 99% de incapacidade devido à encefalopatia hipóxico-isquémica, que resultou da falta de oxigenação no cérebro nas primeiras horas de vida.