Peritos elaboraram um documento, que já está fechado, para entregar ao Governo sobre a reorganização da rede de urgências e obstetrícia e blocos de partos.
De acordo com a Rádio Renascença, a maternidade de Famalicão é uma das que estão em risco. Isto porque faz menos de mil partos por ano e está a cerca de 30 quilómetros da Póvoa do Varzim (com mais de 1.200 partos por ano), bem como a pouco mais de 40 de Matosinhos, onde está o hospital Pedro Hispano (cujo número de partos tem aumentado, em contraciclo com as restantes maternidades públicas).
Diogo Ayres Campos, coordenador da Comissão para Reforma das Maternidades, explica à Rádio Renascença que a estratégia passa pela concentração de serviços e fecho de unidades.
“Temos acordado todos os princípios relativamente à proposta da rede de referenciação e está considerada no documento, de facto, a possibilidade de haver concentração de recursos em relação às urgências e blocos de partos nalgumas maternidades”, afirma.
O responsável sublinha, no entanto, que o número de partos não é o único fator a ter em conta. Outro critério importante é a distância entre maternidades. E são estes dois fatores conjugados que colocam a maternidade de Famalicão em risco.