Quase metade das empresas do setor têxtil e de vestuário em Portugal prevêem reduzir o número de postos de trabalho até final deste ano, face à diminuição do volume de negócios para o último trimestre do ano.
Os dados foram avançados pela Associação de Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) através de um inquérito realizado a cerca de 100 empresas do setor, com apoio da associação têxtil europeia Euratex.
Segundo o jornal Eco, que avança os dados, apenas 12% das empresas inquiridas está a pensar contratar alguém até final do ano, aumentando o número de colaboradores. Por outro lado, 42% das empresas adiantou que não irá contratar ninguém, mas também não irá mandar ninguém para o desemprego.
O relatório foi apresentado no início desta semana na cidade de Barcelos, durante o fórum anual da indústria têxtil e vestuário, e apontou que existiu uma recuperação recorde em 2022 no que diz respeito ao volume de negócios, mas o aumento do custo da produção acaba por não refletir o ‘Boom’ a nível financeiro.
Mário Jorge Machado, presidente da ATP, adianta que os armazéns “estão cheios”, pelo que o número de vendas deverá cair até final do ano.
Ainda assim, a associação conta com 5.000 empresas associadas, que representam um total de 128 mil trabalhadores e um volume de negócios anual de 8,6 mil milhões de euros (6 mil milhões em exportação).