Um colombiano integrante da máfia napolitana Camorra, foi detido pela Polícia Judiciária, no Aeroporto do Porto, quando se preparava já para entrar em território português, acompanhado por familiares, a fim de participar num evento social, no Porto.
O alegado mafioso, de 69 anos, procurado há mais de 20 anos, foi detido pela Diretoria do Norte da PJ, devido a um mandado de detenção internacional para cumprir uma pena de 15 anos de prisão, devido à prática do crime de tráfico de estupefacientes.
Segundo a Polícia Judiciária revelou, este sábado, após os crimes de narcotráfico, o colombiano ausentou-se de Itália, sendo procurado pelas autoridades italianas, há mais de duas décadas, até que caiu agora, no Porto, nas malhas da Polícia Judiciária.
O arguido, oriundo de um voo do Canadá, foi já presente ao Tribunal da Relação do Porto para primeiro interrogatório judicial e a aplicação das medidas de coação, aguardando agora em prisão preventiva, o processo tendente à sua extradição para Itália.
Elementos da Secção Regional de Prevenção da Criminalidade (as chamadas “Brigadas Externas”), da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, executaram a detenção de forma muito discreta, sem que os outros passageiros de apercebessem da situação.
“El Doctor” extraditado para Portugal
Entretanto, a Polícia Judiciária revelou também este sábado ter extraditado para Portugal, “El Doctor”, outro colombiano, que tinha sido condenado a onze anos de prisão, após a apreensão de 340 quilos de cocaína, na Costa da Caparica, no ano de 2012.
“Uma equipa da Polícia Judiciária deslocou-se já esta semana à Colômbia, a fim de transportar para Portugal um importante narcotraficante, que ali se encontrava preso, a aguardar a extradição para o nosso país, para cumprir um total de 11 anos de pena de prisão, sequência de condenação pelo crime de tráfico de estupefacientes agravado, segundo referiu, igualmente, a PJ.
O colombiano extraditado, que no meio criminal internacional é conhecido pela alcunha de “El Doctor”, foi condenado pela justiça portuguesa, em processo iniciado após a operação executada na Costa da Caparica, em 31 de julho de 2012 pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNITE) da PJ, em foram detidos outros quatro outros indivíduos, todos estrangeiros, bem como à apreensão de mais de 340 quilos de cocaína, de elevado grau de pureza”, informa a Polícia Judiciária.
“No decurso daquele processo e já após ter sido condenado em primeira instância, o extraditado, de nacionalidade colombiana, acabou por ser libertado, por se terem esgotado os prazos de prisão preventiva antes da referida condenação ter transitado em julgado, enquanto o recurso interposto pela defesa estava pendente no Tribunal da Relação de Lisboa”, conforme revelou a PJ.
“Após a sua libertação, acabaria por se ausentar para parte incerta, sendo posteriormente localizado e detido em Espanha e sequentemente extraditado para os EUA, cujas autoridades, entretanto contra ele haviam emitido um mandado de detenção com eficácia internacional por crimes praticados naquele país”, segundo acrescentou a Direção Nacional da Polícia Judiciária.
Burlão brasileiro detido no Algarve
Um brasileiro, de 60 anos, foi detido pela Polícia Judiciária, no Algarve, no cumprimento de um mandado de detenção internacional, emitido em setembro de 2023 pelas autoridades judiciárias brasileiras, pela prática do crime de burla qualificada.
Os factos ocorreram em 2017 numa cidade do Estado de Santa Catarina, no Brasil, onde o suspeito, aproveitando-se dos conhecimentos decorrentes da função pública em cargo que desempenhava, fez várias burlas, ascendendo a milhões de reais.
A troca de informação entre a PJ e a Polícia Federal do Brasil, através dos canais de cooperação internacional, foi de extrema relevância para a localização e a detenção do suspeito, consumada pela Unidade de Informação Criminal da Polícia Judiciária.
Presente ao Tribunal da Relação de Évora, foi determinado que aguardasse os termos do processo de extradição em prisão preventiva, enquanto pelos canais judiciais e diplomáticos, seja processada a extradição, para a República Federativa do Brasil.