Braga
Longas filas pela manhã em Braga antes do recolher obrigatório
Estado de emergência
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Muitos cidadãos de Braga aproveitaram a manhã pré-confinamento para fazer compras e passear um pouco pela cidade, antes do início do recolher obrigatório, estipulado para as 13:00 horas deste sábado e até às 05:00 de domingo.
No Pingo Doce de São Vicente, ao longo da manhã, foi visível a fila no exterior da loja, uma vez que a lotação interior esgotou por várias vezes.
A O MINHO, Deolinda Alves, de São Víctor, explica que veio fazer “as últimas compra de mercearia” para o fim de semana.
“Não tenho intenção de voltar a sair de casa até segunda-feira, por isso vim agora aqui fazer algumas compras que precisava para poder estar sossegada em casa”, disse a costureira de profissão.
Deolinda é a favor deste recolhimento, pois está “assustada” com o aumento de casos no concelho. “Nunca se viu nada assim, há muita gente que diz que isto é uma paranóia mas já morreram muitas pessoas no país e aqui em Braga e não são só velhinhos como dizem”, atirou a bracarense.
Também no centro da cidade, várias pessoas faziam compras no comércio, ainda aberto, para preparar o confinamento em paz.
No centro histórico, até as pequenas mercearias, que podem estar abertas durante a tarde graças a uma exceção decretada pelo Conselho de Ministros, que permite abertura de lojas de bens alimentares e higiene com menos de 200 metros quadrados e com porta para a rua.
O comércio e a restauração iniciaram hoje o primeiro de dois fins de semana em que apenas podem abrir entre as 08:00 e as 13:00, no âmbito do estado de emergência, uma medida contestada por várias associações empresariais.
Na madrugada de 08 de novembro, o país ficou a saber pelo primeiro-ministro, António Costa, que a circulação ia ser limitada nos dois fins de semana seguintes, entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira, nos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus (vão aumentar para 191 a partir de segunda-feira).
No âmbito do estado de emergência decretado devido à pandemia de covid-19, o Governo decidiu também instaurar um recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, entre 09 e 23 de novembro (enquanto vigora o estado de emergência, que tem uma validade de 15 dias, podendo ser renovado), nos concelhos mais afetados, com o comércio a encerrar até às 22:00 e os restaurantes até às 22:30.
Seguiu-se uma semana de contestação e manifestação de dúvidas em relação às exceções da medida, por parte de várias associações comerciais que representam o comércio e a restauração.
Assim, na quinta-feira, o Governo decidiu ordenar o encerramento do comércio e restauração às 13:00, neste e no próximo fim de semana.
Ficou também definido que a abertura dos estabelecimentos só pode ocorrer a partir das 08:00.
“A regra é tudo fechado às 13:00”, disse o primeiro-ministro, António Costa, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, referindo-se aos concelhos com risco elevado de contágio de covid-19.
Os restaurantes só podem funcionar a partir das 13:00 para entrega ao domicílio, clarificou o primeiro-ministro, e não para ‘take away’, como esperavam os empresários do setor.
António Costa anunciou ainda que haverá um apoio de 20% da perda de receitas dos restaurantes nos dois fins de semana face à média dos 44 fins de semana anteriores (de janeiro a outubro 2020).
Fora da obrigatoriedade de fechar a partir das 13:00 e de abrir apenas a partir das 08:00 estão as farmácias, clínicas e consultórios, veterinários, estabelecimentos de venda de bens alimentares com porta para a rua até 200 metros quadrados, bombas de gasolina, padarias e funerárias.
*com Lusa
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Luís Moreira
A Câmara de Braga vai pagar 20 mil euros para a realização de testes rápidos às cerca de 900 pessoas que vão integrar as mesas de voto do concelho nas eleições presidenciais, que ocorrem no próximo domingo.
Em declarações a O MINHO, o seu presidente Ricardo Rio disse que “a iniciativa visa salvaguardar a saúde dos membros das mesas e dos próprios eleitores, de modo a que os bracarenses possam participar, com confiança no ato eleitoral”.
A testagem inclui os membros da “bolsa de suplentes, uma vez que surgem sempre situações de última hora, de pessoas infetadas ou em isolamento”.
Os testes vão ser feitos no drive-thru da Cruz Vermelha, instalado no Sameiro, esta sexta-feira e no sábado.

O arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, anunciou hoje que os funerais na arquidiocese vão continuar a incluir missas, “a não ser que seja, explicitamente, determinado o contrário”.
Numa nota publicada na página da arquidiocese, Jorge Ortiga solicita às comunidades que não deixem de fazer os seus funerais, “restritos à família com o cumprimento de todas as indicações prescritas, mas com a celebração da eucaristia”.
“Creio que podemos menorizar a dor deste momento para as famílias. A eucaristia ajudará a suavizar e a dar um conforto espiritual. Não a suprimimos a não ser que seja, explicitamente, determinado o contrário”, sublinha.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou hoje a suspensão das missas, a partir de sábado, bem como catequeses e outras atividades pastorais que impliquem contacto, face à situação pandémica que o país está a viver.
Na Arquidiocese de Braga, haverá uma missa diária, a transmitir pela internet, na Sé Catedral, de segunda-feira a sábado, às 17:30, e ao domingo, às 11:30.
As exéquias cristãs (funerais e cerimónias fúnebres) devem ser celebradas de acordo com as orientações da CEP de 08 de maio de 2020 e das autoridades competentes, diz a Arquidiocese de Braga.
A 08 de maio, a CEP referia que nos funerais e cerimónias fúnebres é permitida a presença dos familiares na igreja, cumprindo as regras de segurança.
Desde 15 janeiro, por determinação governamental, a realização de funerais está condicionada à adoção de medidas organizacionais que garantam a inexistência de aglomerados de pessoas e o controlo das distâncias de segurança, designadamente a fixação de um limite máximo de presenças, a determinar pela autarquia local que exerça os poderes de gestão do respetivo cemitério.
A 15 de janeiro, a CEP tinha já determinado a suspensão ou adiamentos das celebrações de batismos, crismas e casamentos, face ao que classificou como “gravíssima situação de pandemia” que Portugal vive.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.465 pessoas, em 581.605 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A parede de um prédio situado na rua Adelino Arantes, na cidade de Braga, está a ser limpa depois de um ato de vandalismo alegadamente relacionado com a extrema-direita, que já prevalecia há cerca de um ano naquele local.
Em causa estão pichagens a incentivar ao voto no Partido Nacional Renovador, que entretanto mudou de nome para partido Ergue-te, ligado à direita radical, aos hammerskins e a ideologias neo-nazis.
O condomínio do prédio decidiu contratar uma empresa especializada em lavagem de pavimentos e paredes para remover as pichagens, mas o trabalho não tem sido fácil, como contou a O MINHO o colaborador destacado para o serviço.
“É complicado, estou aqui desde manhã, já são três horas e ainda falta muito, por isso acho que até vai ser mais de um dia de trabalho só para tirar aqui estes símbolos”, disse o trabalhador, que pediu para não ser identificado.
Ao que apuramos, para remover estas pichagens, feitas com recurso a latas de tinta em spray, é necessário diluente de tinta, água, lixa e esponja. Os símbolos tiveram de ser esfregados vezes sem conta com a lixa e com a esponja, conforme pudemos constatar no local, dentro do Bairro das Fontaínhas.
Recentemente, em declarações a O MINHO, Isabel Silva, diretora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, mostrou-se muito preocupada com o problema das pichagens desregradas em Braga.
“Temos muitos edifícios em granito que ficam comprometidos porque esta tinta não se remove permanentemente”, disse a responsável, alertando que estes edifícios e monumentos já sofrem com a degradação natural face ao clima, mas assim ficam ainda mais degradados.
Isabel Silva crê que a resolução deste problema está a nível nacional, lembrando que os próprios partidos podem ver a melhor forma de legislar e atuar de uma forma mais proativa porque, permanentemente, os bens públicos são alvo de selvajaria.
“Não são só os monumentos históricos. São os espaços públicos, os transportes. Aquilo não é arte, é selvajaria. e fica com aspecto degradado e selvagem”, opinou Isabel Silva, relembrando que há “muitos espaços” na cidade para se fazerem murais e “boas pichagens”.
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