Lar evacuado na Póvoa de Lanhoso. Incêndios ativos também em Guimarães e Famalicão

Incêndio em Rendufinho, Póvoa de Lanhoso. Foto: Carla Maria Quintas

Um lar de idosos teve de ser evacuado devido ao incêndio que lavra desde ontem à tarde em Rendufinho, na Póvoa de Lanhoso, disse a O MINHO fonte da Proteção Civil do Ave.

É um dos incêndios com mais meios mobilizados no Minho, segundo o apanhado feito pelo nosso jornal junto da Proteção Civil, pelas 09:40 desta terça-feira.

Além da Póvoa de Lanhoso, os incêndios que mobilizam mais meios são em Guimarães, nas freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar (ativo desde as 00:51 de hoje), e em Famalicão, na freguesia de Requião (ativo desde as 09:59 de domingo).

Entretanto, o incêndio que lavrava desde ontem em Arcos de Valdevez, na freguesia de Extremo, já está “em resolução”.

Ao que O MINHO apurou junto de fontes da Proteção Civil, não há feridos a registar.

Fonte da GNR referiu que, desde ontem, a Estrada Nacional 207-4 está cortada na zona de Garfe, Póvoa de Lanhoso.

Aquela via liga a Póvoa de Lanhoso a Guimarães.

Naquela zona há incêndios em Garfe (Póvoa de Lanhoso) e Gonça (Guimarães).

Mais de 5.000 combatem as chamas em todo o país

Mais de 5.000 operacionais e 21 meios aéreos estão hoje de manhã envolvidos nas operações de combate e rescaldo dos incêndios que desde domingo provocaram quatro mortos e 40 feridos, obrigando a deslocar uma centena de pessoas por prevenção.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 09:00 estavam 23 incêndios rurais ativos, com maior incidência e motivando maior preocupação na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.

Em declarações à Lusa, o comandante José Miranda disse que àquela hora já tinham sido mobilizados meios aéreos para ajudar no combate às chamas, explicando que os incêndios mais significativos são os de Oliveira de Azeméis, Paredes, Castro Daire e Nelas.

O responsável acrescentou que as autoridades foram obrigadas a deslocar cerca de uma centena de pessoas, por prevenção, e que entre os 40 feridos estão 23 agentes da proteção civil e 17 civis.

Quanto ao edificado atingido pelo fogo, os serviços municipais de proteção civil dos concelhos de Baião, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga estão ainda a fazer levantamento dos danos.

Os dados disponíveis na página da ANEPC indicam que, pelas 09:20, estavam registadas 148 ocorrências, envolvendo 5.163 operacionais, cerca de 1.600 meios terrestres e 21 meios aéreos.

A Proteção Civil estimou ao início da noite de segunda-feira que tenham ardido pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.

Ao início da manhã de hoje, a GNR dava conta de várias estradas cortadas ou condicionadas nos distritos de Aveiro, Coimbra, Viseu, Vila Real, Braga e Porto na sequência dos incêndios.

O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos incêndios dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

Com Lusa

Notícia atualizada às 13h30 com informação do corte da EN207-4.

 
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