Isabel Furtado, empresária natural de Famalicão, foi hoje eleita presidente do conselho de administração da Fundação Casa da Música, para o mandato 2024 -2026, à semelhança dos vice-presidentes Álvaro Teixeira Lopes, nomeado pelo Estado, e António Marquez Filipe, pelos fundadores privados.
Como O MINHO noticiou em dezembro de 2023, Isabel Furtado, presidente do grupo de administração da TMG Automotives e neta do fundador da Têxtil Manuel Gonçalves, em Famalicão, tinha sido eleita “empresária do ano 2023”.
Atualmente, a TMG Automotive trabalha com marcas de renome, como BMW, Toyota, Merceds ou Volvo. Em 2022 atingiu um volume de negócios de 150 milhões de euros.
Eleita por voto secreto
Nos termos estatutários, como destaca o comunicado da Casa da Música hoje divulgado, presidente e vice-presidentes do conselho de administração desta fundação são eleitos por voto secreto pelos seus pares.
Para o triénio 2024-2026, a administração integra ainda, como vogais, o arquiteto André Tavares, nomeado pelo Estado, a economista Carla Chousal e o gestor Frederico Silva Pinto, designados pelos fundadores privados, e Luís Osório, pela Câmara Municipal do Porto e a Área Metropolitana do Porto.
O novo conselho de administração da Casa da Música tomou forma a partir da reunião do Conselho de Fundadores, realizada no passado mês de julho, na qual foram escolhidos os quatro administradores designados pelas entidades privadas que o compõem: Isabel Furtado, diretora executiva da TMG Automotive, indicada para presidente, o gestor Frederico Silva Pinto, administrador não executivo da Cerealis, Carla Chousal e António Marquez Filipe, administrador do grupo Symington, estes dois últimos reconduzidos da anterior administração.
No início deste mês, a Câmara Municipal do Porto e a Área Metropolitana do Porto renovaram igualmente a designação do diretor comercial Luís Osório como seu representante conjunto no conselho de administração da Casa da Música.
O Estado, através do Ministério da Cultura, tinha já designado o músico e professor Álvaro Teixeira Lopes e o arquiteto André Tavares.
As perspetivas que se abrem à nova administração passam agora pela escolha de uma nova direção artística, que tem a correr o processo final do concurso, e um modelo de governação, missão e estratégia, mais atento à angariação de mecenas e parceiros, segundo as conclusões do grupo de reflexão para a Casa da Música divulgadas no final de 2023.
O Estado é o maior financiador da Casa da Música, contribuindo com 10 milhões de euros anuais para a instituição, enquanto a maioria dos administradores é oriunda do setor privado, sendo a gestão também privada.
Desde 2005, quando abriu ao público, a Casa da Música mobilizou mais de 3,5 milhões de espetadores.
Com Lusa.