A Distrital de Braga da JSD criticou hoje o chumbo da Assembleia Municipal de Barcelos à proposta de criação do Conselho Municipal da Juventude local, considerando que se tratou de “um ato político irresponsável, ilegal e antidemocrático”.
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Em comunicado, o presidente da Distrital da JSD, Miguel Peixoto, sublinhou que o conselho municipal da juventude “é uma obrigação legal”, para vincar que “nada fazia esperar” aquele chumbo.
A proposta de criação do Conselho Municipal da Juventude (CMJ) de Barcelos foi apresentada, na última sessão da Assembleia Municipal, pelo PSD, mas viria a ser chumbada, fruto dos votos contra do PS, tendo-se ainda registado uma abstenção do Bloco de Esquerda.
O deputado do PS Nelson Brito justificou o voto contra da sua bancada com a posição da Associação Nacional dos Municípios Portuguesas (ANMP), segundo a qual a lei que regula a criação dos CMJ “põe em causa a autonomia dos municípios”.
Nelson Brito adiantou que aquela posição da ANMP foi corroborada pelo provedor de Justiça.
“Enquanto isso não ficar esclarecido, não se cria o CMJ”, afirmou.
O presidente da Concelhia de Barcelos da JSD, Hugo Cardoso, manifestou-se “estupefacto” com o chumbo, lembrando que na campanha eleitoral para as autárquicas de 2009 “o PS de Barcelos assumia como sua bandeira a criação do Conselho Municipal de Juventude”.
“Entristece-me que este executivo socialista coloque de parte a massa crítica, empreendedora e entusiasta que caracteriza os jovens de Barcelos e que poderia ser aproveitada para beneficiar a causa pública barcelense”, acrescentou.
Para o socialista Nelson Brito, estas críticas do PSD revelam “dor de cotovelo” pelo facto de o executivo PS ter colocado “Barcelos no mapa em matéria de juventude”, nomeadamente através do festival Milhões de Festa.
“As vossas propostas [do PSD] em matérias de política de juventude são zero vezes zero”, disse ainda.