A Irmandade da Penha oferece um concerto com Rancho Folclórico de São Torcato e o Duo ‘Enllace Music’, mostra e premeia centenas de trabalhos de alunos das escolas do concelho. O organismo celebra, domingo, 21 de julho, a Festa de Nossa Senhora do Carmo, a padroeira da instituição, “com o brilho e a solenidade que o momento festivo reclama”.
Além das celebrações religiosas e dos concertos, a festa inclui a exposição e entrega de prémios do concurso “Penha à Vista”.
A festa tem início domingo, pelas 10:30, com a procissão (entre a Gruta e o Santuário), seguindo-se, pelas 11:00, a Missa Solene. Pelas 12:00 ocorre a sessão de entrega de prémios do concurso “Penha à Vista”, com centenas de trabalhos dos alunos das escolas.
De tarde, há espetáculo, no palco ao ar livre, na Praça do Largo da Comissão para toda a população, com atuações do Rancho Folclórico de São Torcato e do Duo ‘Enllace Music’.
As festividades religiosas terminam, pelas 16h00, com eucaristia no Santuário e a Procissão de Regresso, entre o Santuário e a Gruta.
Criança raptada no Hospital
Refira-se que na tradicional procissão incorpora-se também anualmente o pequeno Tiago André. Trata-se da criança, hoje um jovem com 16 anos, natural de Mondim de Basto, que foi, em 18 de julho de 2002, raptado no Hospital de Guimarães, poucos dias depois de ter nascido, vindo a ser encontrado pelos responsáveis da Irmandade no Santuário da Penha. Anualmente, a Irmandade dá cumprimento à promessa de custear os estudos do jovem.
Recorde-se que o bebé foi encontrado à porta do Santuário da Penha. Por isso, anualmente, a convite da Irmandade, a família regressa à Penha para “viver um dia especial”.
O caso motivou a abertura de um inquérito contra desconhecidos pelo Ministério Público que, anos depois, viria a determinar o seu arquivamento por falta de provas.
Desde 1702
A devoção a Nossa Senhora do Carmo da Penha remonta a Setembro de 1702 e teve por base a devoção de um ermitão chamado Guilherme. Vindo de uma cidade vizinha de Roma, o devoto, inspirado por Deus, colocou uma imagem da Virgem Nossa Senhora entre uns grandes penhascos, num local inóspito, para que fosse adorada pelos fiéis que o visitavam.
Falecido o ermitão, o lugar foi ocupado pelos religiosos Carmelitas calçados. Nessa mesma altura, a Senhora passou a denominar-se Nossa Senhora do Carmo da Penha.