O Conselho de Administração do Hospital de Braga contrariou hoje a Comissão de Trabalhadores afirmando que seguiu “escrupulosamente os termos legais” na avaliação dos colaboradores.
Como O MINHO noticiou, a Comissão de Trabalhadores do Hospital de Braga contestou ontem a avaliação do biénio 20/21 homologada com atribuição de um ponto para os profissionais que ainda não foram avaliados e o arrastamento da última avaliação para os restantes profissionais.
Para a comissão, a decisão do Conselho de Administração daquele hospital “não tem em conta a valorização dos profissionais, resultando numa grande injustiça com as respetivas consequências para a falta de progressão na carreira”.
Porém, a administração lembra que o Hospital de Braga se encontra “enquadrado num cenário de adaptação de toda a sua estrutura organizacional à transição da esfera da Parceria Público-Privada” e que essa situação deve “ser tida em conta neste contexto”.
Remete, ainda, para “o período pandémico ultrapassado”, que ajudou a não ser “possível seguir o modelo de avaliação indicado”.
Explica o Conselho de Administração que aplicou “as disposições legais previstas, que são a atribuição de 1 ponto por cada ano de trabalho, aos trabalhadores que não tenham visto o seu desempenho avaliado, individualmente, e a replicar a avaliação atribuída, em anos anteriores, aos trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas, que tivessem sido avaliados em biénios anteriores”.
E reforça que “a adesão ao ACT dos profissionais com contrato individual de trabalho concretizou-se apenas em novembro de 2020, pelo que até essa data não se aplicaria o SIADAP a esses trabalhadores”.
“Neste sentido, a exigência manifestada pela Comissão de Trabalhadores do Hospital de Braga não tem enquadramento legal para o efeito (a atribuição de desempenho de ‘relevante’ a todos os trabalhadores)”, considera o Conselho de Administração.
O CA sublinha que a “avaliação através do SIADAP é uma avaliação do desempenho individual do trabalhador, e não de um desempenho coletivo da organização” e que à administração do Hospital “compete garantir e incentivar a implementação do sistema e orientar nesse sentido”.