O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Barcelos surpreendeu, na segunda-feira, um operário têxtil da freguesia de Vila Boa com cerca de sete quilos de haxixe e 55 mil euros. O suspeito ficou em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Vale do Sousa, em Paços de Ferreira.
Pedro Vilaça, de 30 anos, da freguesia de Vila Boa, Barcelos, estava a ser investigado pela GNR, por nos últimos dez meses, dedicar-se a tráfico de haxixe, através de resina, de folhas e de sumidades de canábis, sendo a namorada suspeita de branqueamento, a comprar automóveis caros (um dos quais, BMW, custa mais de 65 mil euros).
O haxixe apreendido dava para mais de 13 mil doses individuais diárias, que permitiriam um encaixe de dezenas de milhar de euros, sendo confiscadas duas balanças de precisão eletrónica para pesar droga (uma num braço do sofá e a outra por cima da casota do cão), uma faca cuja lâmina tinha resíduos de haxixe e um iphone. Foram também apreendidas 264 doses de canábis, três viaturas e centenas de sacos para acondicionamento de estupefaciente.
Segundo a GNR, Pedro Vilaça traficaria haxixe em especial aos mais jovens, em Tamel São Veríssimo, Barcelos, a freguesia onde se situa a indústria têxtil de malhas onde trabalhou, mas a dada ocasião, com o apoio da companheira, que foi constituída arguida, mas não sujeita a interrogatório judicial, terá passado a atuar noutros locais de Barcelos e igualmente no concelho vizinho de Esposende.
As investigações criminais do NIC da GNR de Barcelos, que incluíram vigilâncias e seguimentos, dão conta das transações de haxixe, designadamente nas freguesias de Vila Boa, de Várzea e de Tamel São Veríssimo (Barcelos), além de Vila Chã e de Fão (Esposende), sendo que aquele mesmo suspeito já tinha sido condenado por crime de tráfico de droga de menor gravidade.
O advogado João Ferreira Araújo, defensor de Pedro Vilaça, adianta a O MINHO que vai “agora recorrer para o Tribunal da Relação de Guimarães, por não concordarmos com esta medida de coação, preconizando a sua eventual substituição por obrigação de permanência na habitação [a prisão domiciliária] com pulseira eletrónica, porque a meu ver satisfaria todos os valores que se pretendem acautelar”.