Declarações após o jogo dos quartos de final da Taça de Portugal de futebol entre SC Braga e Santa Clara (2-1), que hoje decorreu em Braga:
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Espetacular é a palavra que me ocorre: o meu grupo, os meus jogadores, têm sido fantásticos. Chegámos às meias-finais da Taça de Portugal, depois de termos sido finalistas da Taça da Liga. É o quarto jogo em nove dias, se não é inédito, vai sê-lo, porque, até março, vamos jogar sempre de três em três dias até à paragem para as seleções, e sempre num contexto de desigualdade para os adversários, que têm mais tempo de recuperação.
Hoje foi uma noite espetacular, fizemos um grande jogo diante de um adversário difícil, que vinha de uma vitória moralizadora em Vila do Conde. Estivemos sempre mais perto do 3-0 do que o 2-1, que surge já no final, mas a vitória é inteiramente justa.
O Paulinho veio de uma lesão, entrou com o Benfica na meia-final e jogou o tempo que podia jogar, com o Sporting, na final, fez 45 minutos, e com o Gil Vicente fez 90. Passados três dias, um jogador que esteve parado e regressou há pouco tempo, sabíamos que ia estar em condições para jogar.
Dor de cabeça é jogar de três em três dias e ter lesões como Sequeira e o Iuri Medeiros. Queríamos isto, foi da responsabilidade que criámos, mas ninguém no mundo joga de três em três dias, é terrível. É um desafio tremendo, mesmo para mim que já tenho alguma experiência de campeonatos de intensidade alta, como em Inglaterra e Turquia.
A lesão de Iuri Medeiros é traumática, mas nem amanhã se conseguirá saber [a gravidade], a do Sequeira será mais pelo acumulado de jogos, mas não parece ser lesão muito grave, parece de fácil recuperação.
Bruno Viana ficou de fora por opção, o João Novais e o Rolando também não foram convocados e jogaram o último jogo, tem a ver com a gestão dos jogadores.”
Daniel Ramos (treinador do Santa Clara): “Sim, vitória justa e parabéns ao Sporting de Braga, se tivéssemos marcado mais cedo, poderíamos ter dado outra resposta, faltou-nos estar mais perto de o fazer.
Duas partes diferentes, principalmente do ponto de vista ofensivo. Na segunda parte, arriscámos mais, podíamos ter marcado e sofrido também, mas foi mais condizente connosco.
Faltou-nos explorar mais os contra-ataques, podíamos ter feito muito melhor aí, perdeu-se a bola e a confiança.
O primeiro golo surge com um jogador nosso fora, não fomos tão rápidos a substituir como queríamos.
O Braga foi melhor, mas [o percurso] não deixa de nos valorizar, fizemos uma campanha notável, a jogar bem, nunca jogámos em casa, eliminámos duas da I Liga fora, o Moreirense e o Vitória de Guimarães, e ficámos na história do clube, só podemos estar orgulhosos.
(Cryzan e Sharhiyar) O treinador está aqui para arranjar soluções, queremos o mais rapidamente possível tirar partido das suas características. Um dos aspetos positivos do jogo foi o Cryzan ter feito golo, fiquei todo contente. O Sharhiyar não fala nada de inglês, fala persa, o Morita só fala japonês, mas isso só faz crescer os treinadores
Costinha talvez uma lesão muscular, o diagnóstico virá depois.”